Os trabalhadores da fábrica de confecções Carveste estiveram em greve no início da manhã de segunda-feira. Em causa está parte do subsídio de férias de 2010 que não foi paga até à passada sexta-feira, como a administração da empresa havia prometido.
O protesto à porta das instalações da fábrica, sedeada em Caria, no concelho de Belmonte, deveu-se à insatisfação dos funcionários, que se sentiram «enganados» pela administração por não ter liquidado a quantia em falta na data prometida. «Os trabalhadores entenderam que só através de uma greve podiam obter uma reacção imediata da administração», adiantou o presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB). Com efeito, a paralisação não durou muito, pois ainda durante essa manhã a direcção comprometeu-se a liquidar a dívida em causa até amanhã. De acordo com Luís Garra, a adesão à greve foi de «cem por cento». O que agora se espera é que «a administração cumpra o prometido», afirmou o dirigente, acrescentando que «trabalhadores e sindicato estão em sintonia e esperamos que a administração cumpra desta vez o prazo prometido». Sobre o futuro da fábrica, o sindicalista prefere não falar, uma vez que «as incertezas continuam a ser muitas». A difícil situação financeira da empresa de confecções arrasta-se há vários anos. Em Outubro, as cerca de 200 trabalhadoras pararam a laboração durante meio dia devido aos ordenados em atraso. Agora, aproxima-se o mês de Dezembro e os trabalhadores receiam que a situação possa também colocar em risco o pagamento do subsídio de Natal.
