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Trabalhadoras da ERES recebem indemnizações

As 200 ex-funcionárias da fábrica de confecções do Fundão aguardavam há seis anos pelos créditos em dívida

As cerca de 200 ex-trabalhadoras da fábrica de confecções ERES, no Fundão, que aguardavam há seis anos pelas respectivas indemnizações, vão finalmente receber o dinheiro a que tinha direito no processo de insolvência.

Isto depois do Tribunal da Relação de Coimbra não ter admitido o recurso interposto pelo Fundo de Garantia Salarial (FGS). O tribunal já havia privilegiado as trabalhadoras no acesso aos créditos em dívida, mas o FGS recorreu desta decisão. No centro da discórdia estava o destino a dar ao dinheiro que resultou da venda de património da empresa, cujo montante ascende a mais de um milhão de euros. Ao dinheiro da falência serão, agora, deduzidas as custas do processo, sendo a restante fatia distribuída pelas funcionárias. Em Novembro de 2007, o Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa (STBB) chegou a expor o caso ao secretário de Estado da Segurança Social, num documento subscrito por 171 trabalhadoras e que pretendia que o Governo impedisse o FGS de recorrer novamente da primeira sentença. Recorde-se que a ERES fechou as portas em 2002, lançando no desemprego 470 funcionárias. Foi o primeiro grande despedimento colectivo no sector têxtil da região.

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