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Trabalhadoras da Carveste vão a Lisboa na terça-feira

Caria

As trabalhadoras da Carveste, cuja laboração está suspensa desde o início de agosto, vão deslocar-se na terça-feira ao Ministério da Economia, em Lisboa, para apelar a Pires de Lima que desbloqueie uma solução para a empresa de Caria.

A decisão foi tomada num plenário, realizado na semana passada, em que os funcionários ficaram a saber da demissão do gerente da fábrica de confeções, Francisco Cabral. Segundo Luís Garra, dirigente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), o fundador da empresa estará a tentar «desresponsabilizar-se do descalabro da Carveste e da situação dramática em que lançou as suas trabalhadoras e trabalhadores». O sindicalista acusou também o administrador da insolvência de «não dar andamento» ao Processo Especial de Revitalização e de pretender o fecho definitivo da fábrica. «É nesta estratégia que se enquadra a posição que assumiu de não assinar os requerimentos para o Fundo de Garantia Salarial com o argumento de que é preciso a empresa estar na insolvência, o que é falso», criticou Luís Garra.

O dirigente do STBB chamou também a atenção para o facto de uma empresa criada por anteriores responsáveis da Carveste poder vir a ser a principal interessada na aquisição da fábrica de confeções, mas «ao preço da “uva mijona” e com a manutenção de um número reduzido de postos de trabalho». No final de julho, a administração suspendeu os contratos de todos os trabalhadores, que reclamam 50 por cento do subsidio de férias de 2009, os salários de junho e julho e o subsídio de férias deste ano.

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