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Toiguarda assumiu estar insolvente e fecha portas

Empresa de comercialização de veículos e Gonçalves & Gonçalves já têm marcadas Assembleias de Credores

O Tribunal da Guarda decretou a insolvência da Toiguarda na passada quinta-feira após a empresa de comercialização de veículos ter admitido encontrar-se insolvente na primeira audiência da ação movida por um antigo trabalhador. Esta sentença levou a administração do ex-concessionário Toyota no distrito da Guarda e Cova da Beira, que faz parte do grupo Plataforma SGPS, liderado pela Gonçalves & Gonçalves, a fechar portas, deixando pouco mais de uma dezena de trabalhadores no desemprego.

Carlos Trindade reclamava créditos superiores a 241.470 euros e intentou um processo especial de insolvência e recuperação de empresa por considerar que a Toiguarda já não tem meios nem recursos para fazer face aos seus compromissos. Para tal, o ex-funcionário alegava que os bens imobiliários da empresa foram dados de hipoteca a vários bancos, alguns dos quais já foram penhorados para pagamento de créditos. De acordo com as contas do seu advogado, o valor das garantias prestadas pela Toiguarda eram superiores a 5,7 milhões de euros, aos quais haveria que somar uma penhora de 828.581 euros, o que dava mais de 6,5 milhões de euros «de débito da requerida a instituições bancárias, a que acrescem dívidas a fornecedores», lê-se na petição inicial, que O INTERIOR divulgou em julho passado. Em contrapartida, o conjunto dos prédios de que Toiguarda é proprietária terão um valor «não superior a quatro milhões de euros, insuficientes para o pagamento das garantias prestadas».

Mas este não era o único problema. Também a «promiscuidade» entre as diferentes sociedades do grupo Plataforma SGPS (Gonçalves & Gonçalves, Predial da Montanheira, Toiguarda, Garagem D. José e CDV) terá contribuído para agravar as dificuldades financeiras da empresa, que, «num mês, onerou o seu património em mais de 3,6 milhões de euros» com empréstimos para si e para outras unidades do grupo. Perante isto, o advogado Jorge Pereira conclui que os bens da Toiguarda e das restantes sociedades do grupo funcionam «em sistema de harmónio». Isto é, «sendo insuficientes, em execução, os bens de uma delas o garantido/hipotecário irá executar em caso de incumprimento bens de outras sociedades, e assim sucessiva e reciprocamente», realçava o documento, que lembrava igualmente que todas as sociedades em causa «não geram qualquer receita e só têm despesas». Apenas a área de serviço da A25 se encontra a laborar, embora a Toiguarda tenha transmitido a sua exploração a duas empresas que nada têm a ver com o grupo.

Decretada a insolvência, cabe agora ao administrador da massa insolvente notificar do seu despedimento os funcionários que restavam nas instalações, o que só deverá acontecer decorrido o prazo de 10 dias para que a sentença transite em julgado. Entretanto, os credores têm 30 dias para reclamar os seus créditos, tendo sido marcada para 30 de outubro a primeira Assembleia de Credores. Antes disso, realizar-se-á a Assembleia de Credores da Gonçalves & Gonçalves, declarada insolvente no passado 20 de julho. A empresa recorre da sentença, mas o procedimento não tem efeitos suspensivos da decisão do Tribunal da Guarda.

Luis Martins Toiguarda ainda tinha pouco mais de uma dezena de trabalhadores em Vale de Estrela

Comentários dos nossos leitores
carlos trindaded carlos.trinita@gmail.com
Comentário:
Só para alertar para os colegas que agora ficaram desempregados; não tenhais ilusões; fostes as últimas vitimas , pá ! o plano não era outro e tinha que terminar assim!
 
Filipa Ferreira filipa.ferreira.ppa@live.com.pt
Comentário:
Caros leitores, dizer que a Toiguarda tinha “pouco mais de 10 funcionários em Vale de Estrela” é anedótico, e os de Gouveia,Fundão, e os que já rescindiram. E dizer que apenas na area de serviço da A25 se gera receita também deve ser anedota. E para a semana fecham mais 4 empresas de automoveis desse grupo, ou nao sabiam que há mais 4 empresas que operam no ramo automovel, só falam em Toiguarda.
 
Oscar Guerra ojtguerra@hotmail.com
Comentário:
Entrou no Tribunal da Comarca da Guarda no dia 03-10-2012 o pedido de Insolvência da Garagem D. Jose Lda. Foi solicitada por um funcionario , que reclama valores em divida. Como com a Garagem d.Jose ainda ninguem comentou nada aqui vai noticia . Cumpps
 

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