Na última edição de “O Interior” foi publicado um artigo de opinião, assinado por José Carlos Alexandre, que contém várias afirmações incorrectas sobre o Teatro Municipal da Guarda. Assim, compete-nos esclarecer o seguinte:
Fazem parte da equipa da Culturguarda 31 pessoas, e não «mais de 40». Este número é o essencial para o regular funcionamento de um equipamento como o TMG. O sugerido despedimento de funcionários não é a primeira via apontada pela administração para a redução de despesas. Não achamos correcto que se façam comparações directas com outras salas de espectáculos do país, pois cada equipamento tem as suas especificidades, e é necessário ter em conta que, por vezes, noutros locais, não é referido na ficha técnica o pessoal de serviços contratados a empresas de segurança, limpeza, design, ou mesmo de distribuição de propaganda, como acontece na Casa das Artes de Famalicão, referida como exemplo pelo cronista. Noutros casos, também não são contabilizados os funcionários das Câmaras Municipais que prestam serviço nessas instituições.
No que toca ao café-concerto, foram diagnosticados e corrigidos problemas existentes, e espera-se que esse espaço possa agora gerar lucro. No caso de isso não suceder num determinado espaço de tempo, poderá ser equacionada a entrega da gestão a um privado. (…).
Os convites existem para obrigações protocolares, apoios mecenáticos, parcerias, cobertura das actividades por parte da imprensa, e funcionários. Porém, o número de convites por total de espectadores por espectáculo é sempre residual. Quanto à referida comparação com o trabalho de Paulo Brandão no Theatro Circo de Braga, a verba anual de 500 mil euros refere-se apenas ao último trimestre de 2006, «para pagar salários e contratos referentes à programação», uma vez que a autarquia «ainda não sabe quais são os custos fixos do Teatro Circo nem qual a sua conta corrente porque ainda não houve tempo para se fazer estimativas. No próximo ano, o valor global a entregar à administração da estrutura cultural bracarense será feito já com certezas e dentro das possibilidades financeiras da autarquia», conforme referido pelo vice-presidente da Câmara de Braga, Nuno Alpoim, ao “Jornal de Notícias” de 20 de Outubro de 2006. A propósito, o próprio Paulo Brandão refere, em entrevista ao “Público” de 5 de Novembro de 2006, o caso da Guarda como «exemplo de boa programação feita fora de Lisboa e Porto».
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