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Tindersticks sábado à noite na Guarda

Banda britânica actua no TMG no âmbito da digressão de lançamento do seu último álbum, “Falling Down a Mountain”

A Guarda está no roteiro da mini-digressão dos Tindersticks por Portugal antes de se fazerem à estrada pelo velho continente. A banda de Stuart Staples e Neil Fraser actua sábado à noite no TMG e traz na bagagem o seu último trabalho, intitulado “Falling Down a Moutain”, mas também velhos temas de uma carreira com quase vinte anos. É um dos concertos que promete ficar na história do TMG.

Originários de Nottingham (Grã-Bretanha), os Tindersticks têm sido presença regular em Portugal desde 1995, tendo tocado nos festivais mais emblemáticos e esgotado as principais sala do país. A banda goza, por isso, de uma apreciável legião de seguidores e de uma grande notoriedade granjeada nesse tempo áureo em que produziram seis álbuns e marcaram a pop mundial com as suas inconfundíveis baladas ritmadas por violinos, pianos e o timbre grave de Stuart Staples, a alma da banda. A vida do grupo pode ter mudado em 2006 com a saída de três elementos, mas o pop/rock/soul melancólico permanece igual e até com mais energia, como o prova “Falling Down a Moutain”, no mercado há semana e meia. É o oitavo álbum do grupo – formado agora por Stuart Staples (voz e guitarra), Neil Fraser (guitarra), David Boulter (teclados) e novos elementos Earl Harvin (bateria e voz) e David Kitt (guitarra e voz) – e sucede a “The Hungry Saw”, editado em 2008, tendo sido gravado entre o estúdio da banda, no interior rural da França, e Bruxelas.

As primeiras críticas consideram que os Tindersticks se reinventam neste trabalho com 10 temas onde a marca de água do grupo permanece indelével, embora espicaçada por uma batida mais alegre e até “free jazz”, caso do tema de abertura, que dá o nome ao álbum. Outros destaques têm sido a minimal “Keep You Beatiful”, que faz jus à história do grupo, “She Rode Me Down”, um dueto com Mary Margaret O’Hara, ou o frenético “Black Smoke”. Os Tindersticks surgiram na pacata Nottingham em 1991, sobressaindo de imediato a voz personalíssima, nasalada e de barítono de Stuart Staples, bem como a orquestra de fundo extremamente luxuosa, basicamente soul e jazzy que a acompanha. O principal artífice da banda era o pianista e violinista Dickon Hinchliffe, enquanto Neil Fraser, David Boulter, Alan Macaulay e Mark Colwill eram responsáveis pelos vários e sofisticados instrumentos que povoam os discos deste sexteto britânico.

Os primeiros dois álbuns, de 1993 e de 1995, respectivamente, levavam apenas o nome do grupo e tiveram imenso sucesso de crítica e boa receptividade de público, o que os levou a encenar várias apresentações ao vivo, quase sempre acompanhados por uma orquestra completa. Os êxitos seguiram-se com “Curtains” (1999) e “Can Our Love…” (2001), até “Waiting for the Moon” (2003), que marca a separação. A nova vida dos Tindersticks começou cino anos depois com “The Hungry Saw” e tem agora mais um capítulo.

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