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Termas do Cró recebem 700 pessoas por ano

Novo balneário termal deverá ficar concluído até finais de 2008

As Termas do Cró, situadas entre as freguesias da Rapoula do Côa e do Seixo do Côa, no concelho do Sabugal, estão a funcionar há cinco anos num «balneário provisório», estando projectado para o futuro parque termal uma unidade hoteleira e um novo balneário.

Actualmente está a decorrer a primeira fase de construção das infraestruturas, enquanto a segunda consiste na empreitada do balneário termal, que deverá ficar concluído até finais de 2008. O plano de intervenção também inclui um hotel, um complexo de piscinas e uma estalagem. Residências turísticas, centro de artes tradicionais, casa de chá, clube social, espaços para comércio, complexo de desportos radicais, praia fluvial, zona desportiva e parque infantil são outras das valências previstas. No entanto, «a única entidade a investir nas Termas do Cró é a Câmara do Sabugal», lamenta Manuel Rito, presidente do município, adiantando que o investimento total será de 18 milhões de euros. Durante a época termal, entre Maio e Outubro, o local recebe «700 pessoas por ano», mas o autarca espera que a estância termal seja no futuro um «pólo dinâmico e atractivo para o concelho». As Termas do Cró são muito procuradas para o tratamento de doenças da pele, estômago, intestinos, aparelho respiratório e reumatismo. As suas águas têm como principais características substâncias sulfúricas e sódicas, que são recolhidas a 30 metros de profundidade e com uma temperatura a rondar os 23 graus centígrados.

Hidromassagem, jacto, cama de vapores, irrigador nasal, aerossol e pulverizador são as técnicas terapêuticas utilizadas para os tratamentos. A utilização das águas do Cró poderá ser muito antiga, já que a existência de alguns indícios (cerâmicas de construção e moedas) mostram que poderá ter havido alguma ocupação em período romano. Apesar disso a referência mais antiga data de 1726, quando Francisco da Fonseca Henrique, médico de D. João V, comentava os poderes curativos dessa água e da necessidade de aí se criarem instalações apropriadas. A nascente despertou sempre algum interesse na região, principalmente em José Dinis da Fonseca, conhecido juiz desembargador, que tudo fez para melhorar a captação de água, cujas características foram examinadas na Academia Politécnica do Porto. No ano de 1980, a autarquia do Sabugal comprou o local e os imóveis aí existentes para iniciar uma nova era de reabilitação e dinamização do Cró.

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