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Teatro para todos os gostos na Covilhã

Festival arranca no domingo com 13 espectáculos até 1 de Dezembro, seis dos quais para os mais pequenos

Na Covilhã, o Outono sabe a teatro. Este domingo entra em cena o Festival de Teatro, com um cartaz que contempla 13 espectáculos até 1 de Dezembro. A companhia anfitriã, o Teatro das Beiras, abre o pano com “Molière”, de Carlos Goldoni. A mais recente produção dos covilhanenses tem encenação de Gil Salgueiro Nave e é uma comédia biográfica onde se cruzam os amores de Molière e uma das suas mais determinantes obras, “Tartufo”. A interpretação está a cargo de António Saraiva, Fernando Landeira, Luís Manhita, Paulo Miranda, Rafael Freire, Sara Silva, Sónia Botelho e Teresa Baguinho.

O festival continua com a “prata da casa” no dia 22. A Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã apresenta “Os fios que a lã tece”, um espectáculo concebido a partir do universo dos lanifícios e estreado no final de Setembro. “A tua ternura Molotov” sobe ao palco na noite seguinte. Os Al-MaSRAH Teatro encenam uma comédia negra contemporânea de Gustavo Ott, consagrado dramaturgo venezuelano. Dois dias depois apresentam-se os Artistas Unidos com “Stabat Mater”, a primeira peça de uma tetralogia de Antonio Tarantino que lhe valeu o mais prestigiante galardão da escrita para teatro em Itália – o Prémio Riccone. O espectáculo, encenado por Jorge Silva Melo, é interpretado por Maria João Luís. A 29 de Novembro a festa do teatro continua com “Duas histórias de Solidão. Duas histórias a sós”, do Trigo Limpo Teatro Acert, com interpretação de Ruy Malheiro e Raquel Costa. A seguir, há “O valentão do mundo ocidental”, obra-prima de Synge, pelo Cendrev, de Évora.

Cabe ao Teatro de Marionetas do Porto, com “Miséria”, encerrar esta edição do Festival de Teatro da Covilhã a 1 de Dezembro. A encenação e interpretação são de João Paulo Seara Cardoso. Todos os espectáculos acontecem no auditório do Teatro das Beiras, pelas 21h30. Paralelamente decorre uma mostra de pintura de Teresa Oliveira, patente até ao último dia do festival na sala de exposições do Teatro das Beiras. Em termos musicais, o café-teatro recebe, no dia 24, a Roda do Chorinho (música popular brasileira) e a fenomenal Kumpania Algazarra, um projecto de fusão de músicas do mundo, no dia 1 de Dezembro.

Uma mão cheia de espectáculos para as crianças

Este ano, o público infantil é um privilegiado no Festival de Teatro da Covilhã. Especialmente a pensar nos mais pequenos, o Teatro das Beiras agendou seis espectáculos a partir de segunda-feira. Um dos mais conhecidos contos dos irmãos Grimm será recriado em palco pela Jangada Teatro, que, na segunda-feira, apresentará “Quem come a minha casinha”. Na terça chega “A revolta dos livros”, pelo Teatro de Portalegre, um espectáculo baseado num conto de Anne-Christie Dussart. Thorsten Grütjen, excêntrico manipulador de objectos e mais conhecido como Tosta Mista, o Malabarista, apresenta-se no dia seguinte. Já a companhia Lua Cheia Teatro para Todos levará à cena “Agakuke e Mamadu o Marabu” (dia 26), com encenação e interpretação de Maria João Trindade e Sylvain Peker. Um dia depois será a vez da companhia Marimbondo apresentar “Volta ao mundo em 10 instrumentos”, um espectáculo marcadamente interactivo. A última peça destinada aos mais novos acontece no dia 28. Trata-se de “Uma árvore com História”, pelo Teatro Imaginário. Todos estes espectáculos têm duas sessões, às 11 horas e às 14h30.

Rosa Ramos

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