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Suíços rejeitam salário mínimo de 3.300 euros

Os suíços rejeitaram hoje a introdução de um salário mínimo único de cerca de 3.300 euros, que seria o mais elevado do mundo, segundo as primeiras projecções ao referendo realizadas pelo instituto helvético GFS.bern.

Apenas 23 por cento dos suíços votaram favoravelmente à introdução de um salário mínimo de 22 francos suíços por hora (18 euros), o equivalente a um salário bruto de 4.000 francos suíços (3.300 euros) para 42 horas de trabalho semanais, segundo a primeira projecção ao referendo de hoje, cuja margem de erro é de 3 por cento.

De acordo com os primeiros resultados divulgados após o encerramento das urnas às 12 horas locais (11 horas em Lisboa), o “não” venceu em Genebra (66,2 por cento) e em Bâle (62,8). No cantão de Vaud, pelo menos 74 por cento dos eleitores votaram contra a medida.

Caso os suíços votassem a favor da introdução do salário mínimo único, este seria o mais elevado do mundo, com o valor mais alto pago por cada hora de trabalho. Se em França o valor pago por hora é de 9,43 euros, em Espanha é de 5,05 euros. Espera-se que na Alemanha o valor pago por cada hora de trabalho passe para os 8,50 euros em 2015.

Segundo os sindicatos e os partidos de esquerda na Suíça, o custo de vida muito elevado no país justificava a introdução de um salário mínimo de 4.000 francos suíços. No entanto, a maioria da população acredita que um salário tão elevado não favorece a descida do desemprego, quase inexistente no país. Em abril, a taxa de desemprego na Suíça era de 3,2 por cento.

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