A partir de 2015 as empresas elétricas detentoras de centrais térmicas a gás (a EDP e a Endesa) voltam a ter direito à garantia de potência, uma espécie de subsídio por estarem disponíveis para o sistema, um montante que em 2011 rondava os 60 milhões de euros.
Com a chegada da “troika”, e na sequência dos cortes nas rendas pagas ao setor elétrico, foi suspenso o pagamento desse subsídio durante todo o período de duração do programa. Agora, e segundo fonte oficial, em vez de a remuneração ser de 20 mil euros por megawatt de capacidade instalada e disponível/ano, será apenas de 6 mil euros na melhor das hipóteses, depois de testes de disponibilidade efetuados pela REN (Redes Energéticas Nacionais). Ou seja, as empresas elétricas não receberão 60 milhões de euros mas qualquer coisa como 15 milhões/ano.
A garantia de potência é um conjunto de incentivos financeiros criado para remunerar o serviço de “backup” do sistema elétrico assegurado por determinado tipo de centrais. Algumas barragens e as centrais térmicas a gás natural, pela rapidez da sua capacidade de resposta, conseguem garantir a segurança de abastecimento, nomeadamente em alturas de picos de procura de eletricidade inesperados.
