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STAL protestou na Guarda contra agregação de empresas

Duas dezenas de dirigentes e ativistas do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) protestaram terça-feira, na Guarda, em frente à sede da nova empresa de abastecimento de água e tratamento de saneamento, a Águas de Lisboa e Vale do Tejo.

O objetivo do protesto era contestar as fusões de sistemas multimunicipais, «à revelia da vontade da maioria dos municípios, bem como dos trabalhadores e das suas estruturas representativas». Um grupo de manifestantes chegou a entrar na empresa e entregou um manifesto com a sua posição sobre a reestruturação do setor das águas. «O seu objetivo é concentrar capital, clientes e volume de negócios, à custa da expropriação dos ativos municipais nos sistemas de água e saneamento e criar condições para a sua futura privatização», lê-se no documento, a que O INTERIOR teve acesso. O STAL denuncia que estas agregações põem em causa «os direitos dos trabalhadores e os seus postos de trabalho, bem como os interesses das populações, que serão penalizadas com um aumento brutal das tarifas em todo o país».

O sindicato acrescenta que «a lógica de maximização dos lucros irá traduzir-se no agravamento da precariedade, como a contratação de trabalhadores temporários e a subcontratação em regime de outsourcing de serviços, degradando ainda mais as condições laborais que existem nas atuais empresas da holding pública». Nesse sentido, adianta que os estudos de viabilidade das novas mega empresas apontam para a redução do número de trabalhadores, «como é o caso da Águas de Lisboa e Vale do Tejo, que prevê uma diminuição de 234 trabalhadores».

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