A equipa da Mêda não consegue traduzir em golos o número de oportunidades que cria ao longo do jogo. Será falta de concentração? Só o treinador pode resolver esses problemas. Já a defesa dos medenses continua a falhar, outro problema para o treinador resolver. Quando estas situações forem resolvidas, os adeptos podem contar com a equipa. O resultado do jogo Mêda-Celorico aceita-se, mas por culpa da formação da casa. O Celorico veio ao Estádio Augusto César de Carvalho com a lição bem estudada e a jogar em contra-ataque. Uma estratégia que resultou, já que logo aos cinco minutos marcou de livre directo, resultante de uma falta escusada de um defesa da Mêda. A equipa orientada por João Borrego acusou um pouco o golo, mas reagiu de imediato e de que maneira, só que não conseguiu concretizar as oportunidades criadas. O empate chegou finalmente aos 46’, através de uma grande penalidade a punir falta de Teles sobre Paulo João, que o mesmo se encarregou de converter. De referir que quando este pénalti foi assinalado, já o ponta-de-lança da Mêda tinha sido carregado pelas costas algumas vezes, ficando por mostrar os respectivos cartões nesses lances. Na segunda parte, o Celorico entrou melhor, deixou de contra-atacar para passar também a atacar e com algum perigo. Aos 67’ surgiu o segundo golo dos visitantes por João Santos, contra a corrente do jogo e mais uma vez por culpa da defesa da Mêda. A história da partida parecia acabar aqui, mas não. Decorridos 10 minutos, a Mêda empatou por Paixão. Um golo merecido, porque a formação da casa foi a equipa que mais atacou durante os 90 minutos. Relativamente à actuação do árbitro, terão ficado por marcar duas a quatro grandes penalidades nesta partida. Contemplações à parte, o trio não esteve mal, merecendo nota razoável.
José Sobral
