O Sporting da Covilhã realizou na passada sexta-feira um encontro amigável em casa do primodivisionário Feirense, uma partida que terminou empatada a uma bola.
O médio dos serranos Gabi, homem bastante conhecido do clube da casa onde jogou entre 2006 e 2009, abriu o ativo na segunda parte de penálti. Passados dez minutos, aos 80’, o costa-marfinense Siaka Bamba empatou para os fogaceiros. Entretanto, os ”Leões da serra” não conseguiram junto da banca o empréstimo de 75 mil euros correspondente a metade do apoio camarário para esta época. «Tentámos nos bancos todos, ninguém emprestou», adianta José Serra Duarte, diretor financeiro do clube, que tinha o final do ano como prazo para contrair o empréstimo de forma a evitar que a modalidade do subsídio fosse cancelada. Perante este contratempo, o dirigente diz que o Sporting da Covilhã fica numa situação difícil e espera que a edilidade reconsidere. «Era importante que a Câmara reapreciasse o problema e o reavaliasse à luz da situação do país e das circunstâncias atuais da banca», apela Serra Duarte.
Na última temporada a autarquia anunciou um apoio de 180 mil euros, metade em prestações mensais e os restantes 90 mil obtidos através de um empréstimo bancário que a edilidade pagaria, tendo o clube de suportar os juros. Contudo, o Covilhã não conseguiu o aval de nenhum banco e metade da verba ficou sem efeito. Para esta época, o apoio é de 150 mil euros, metade dos quais pagos nos mesmos moldes, e em novembro Carlos Pinto, presidente do município, avisou que o emblema serrano tinha até ao fim do ano para assegurar os 75 mil euros, porque essa possibilidade «não pode constar no orçamento» da autarquia «eternamente». O diretor financeiro diz que a única hipótese colocada pela banca seria o recurso a garantias particulares dos dirigentes. O orçamento do Sp. Covilhã para esta época era inicialmente de 750 mil euros, mas o valor real será muito inferior. Serra Duarte refere que a direção, confrontada com uma entrada de verbas menor que o protocolado, tem vindo a reduzir várias despesas. Uma das medidas a tomar poderá passar pela dispensa de jogadores com salário mais elevado.
