Depois da eliminação da Taça de Portugal, o Souropires reagiu da melhor forma, no domingo, ao somar mais três pontos que lhe permitiram dar um pulo de cinco lugares na tabela, ocupando agora a sexta posição, com 24 pontos.
A equipa de Manuel Barbosa tinha a tarefa dificultada, porque ninguém sabia se os atletas da casa iriam recuperar do esforço despendido no jogo de quarta-feira, mas também porque o adversário era o Tocha, que estava à sua frente na classificação com mais três pontos. Aproveitando uma certa apatia dos locais, foram os visitantes quem melhor entrou na partida ao conseguirem mandar no jogo durante alguns minutos, período durante o qual criaram alguns calafrios à defesa do Souropires. Contudo, o Souropires conseguiu rectificar a postura e, aos poucos, foi tomando conta do jogo. Apesar de errarem muitos passes, os locais assumiram o controlo sem contudo conseguirem eminentes oportunidades de golo. Fruto de um jogo bastante incaracterístico, as equipas regressaram às cabines com o nulo no marcador. Já a segunda parte trouxe algumas novidades e também melhor futebol. Como lhe competia, o Souropires regressou das cabinas decidido a virar as coisas a seu favor. Entrou mais pressionante e obrigou o adversário a recuar no terreno, o que lhe permitiu criar algumas jogadas de perigo junto da baliza de Marco.
Aos 51 , o Tocha ficou reduzido a 10 elementos por expulsão de Rui Costa. O técnico do Souropires mexeu então na equipa e fez entrar Milford para o lugar de Zézinho, que esteve um pouco apagado na partida. A formação da casa ganhou então mais profundidade no ataque e o golo tornou-se eminente. Os lances de perigo passaram a ser uma constante e, aos 63 , surgiu o “canto do cisne”. Após um cruzamento da direita, Cedric surgiu na cabeça da área e, sem deixar cair a bola, desferiu um remate cheio de intenção que fez o esférico entrar junto ao poste esquerdo da baliza. Marco nada pôde fazer. Os locais continuaram a mandar no jogo e poderiam ter aumentado a vantagem por várias vezes. Já o Tocha ainda marcou na cobrança de um livre, mas o lance foi prontamente anulado pelo auxiliar de Jorge Saramago, já que Renato estava em posição irregular no momento do passe. Beto, que voltou a protagonizar mais uma bela exibição, acabou por ser expulso numa jogada em que cortou a bola com o braço e viu o segundo amarelo. O trio de arbitragem teve uma actuação tranquila e positiva, tanto a nível técnico como disciplinar, passando despercebido, o que é sempre de enaltecer.
Fernando Araújo/ Rádio Elmo
