Na deslocação à Arrifana, “lanterna vermelha” da série C do Nacional da IIIª Divisão, o Souropires não conseguiu melhor que um empate a uma bola, não tendo assim beneficiado das derrotas de Social e União de Lamas, que ocupavam as duas primeiras posições. Com este resultado, a equipa do concelho de Pinhel permanece no quarto lugar a sete pontos do Avanca, segundo classificado e em lugar de acesso à IIª Divisão.
A equipa da casa, já praticamente condenada à descida aos Distritais, entrou determinada na partida, mas cedo o Souropires, corrigindo posições e alternando as marcações, tomou conta do jogo não permitindo que o Arrifanense criasse grande perigo durante o primeiro tempo. A formação visitante foi empurrando o adversário para terrenos mais recuados e o perigo era uma constante junto das redes de Hélio. Os locais apresentaram-se muito desligados entre os vários sectores, parecendo uma equipa sem norte e muito desmembrada, não conseguindo criar jogadas com princípio, meio e fim. Já o Souropires sabia que tinha que pontuar e procurou insistentemente o golo, que veio a conseguir por Oliveira. Só que o árbitro auxiliar anulou o lance por fora-de-jogo, posição que só ele viu, já que o ponta-de-lança partiu em situação regular devido à posição dos dois centrais adversários. Contudo, aos 38’, Oliveira marcou mesmo e desta feita a contar. David, um pouco descaído para a esquerda na zona do meio-campo, centrou com conta, peso e medida para o coração da área onde apareceu Oliveira a saltar mais alto que Mário Jorge e a cabecear forte. O esférico entrou no ângulo superior direito da baliza de Hélio, que nada pôde fazer.
Na segunda metade, e como lhe competia, o Arrifanense entrou mais determinado e logo no primeiro minuto Dani rematou ao travessão da baliza. Foi o primeiro aviso. Surgiram então algumas oportunidades para a equipa de Manuel Barbosa, mas os seus atacantes não queriam nada com o golo. Como quem não marca, arrisca-se a sofrer, o Arrifanense acabou por igualar a contenda aos 85 . Na cobrança de um canto, Kaká apareceu junto da pequena área a “pentear” a bola para a baliza. Os restantes cinco minutos para o final, mais quatro de compensação, foram impróprios para cardíacos. Descontente com o resultado, o Souropires carregou no acelerador e, por várias vezes, podia ter chegado à vantagem, mas os seus atacantes perderam oportunidades flagrantes. Do outro lado, só se jogava em contra-ataque, aproveitando o adiantamento do Souropires. O árbitro não esteve bem. Errou para os dois lados, no entanto, prejudicou mais os visitantes, já que anulou um golo limpo e, quase no final, não expulsou o guarda-redes Hélio por ter defendido com as mãos fora da área, quando Cedric estava em posição de marcar.
Fernando Araújo/ Rádio Elmo
