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Souropires complica contas da manutenção

Derrota em casa com o Social Lamas

O Souropires não conseguiu levar de vencida o Social da Lamas no passado domingo, no Campo da Recta, averbando mais uma derrota por um expressivo 3-1, um resultado não traduz aquilo que se passou dentro das quatro linhas. Os homens do concelho de Pinhel até entraram em campo com o firme propósito de arrecadar os três pontos e a pressionar o adversário, beneficiando de algumas oportunidades para abrir o activo.

Mas o que é certo, e vá lá saber-se porquê, é que a ansiedade tomou conta dos jogadores da casa, que se tornaram uma equipa bastante intranquila e permitiram ao adversário impor o seu jogo. Um facto que o técnico do Souropires não consegue explicar, uma vez que a posição do clube na tabela até é cómoda e, em seu entender, este não era um dos chamados jogos «”de vida ou de morte”». Contra a corrente do encontro, o Social de Lamas conseguiu o primeiro golo aos 21 , na sequência de um cruzamento do lado esquerdo a que o gigante Gil deu a melhor sequência, batendo Valezim. O Souropires continuou então a pressionar, mas nem sempre da melhor forma, com a bola a viajar muito pelo ar, o que beneficiou sempre a equipa do Lamas que, denotando uma frieza digna de registo, conseguiu travar as investidas do ataque da equipa local. No tempo complementar, o Souropires entrou com vontade de alterar o rumo dos acontecimentos e logo nos momentos iniciais da segunda parte podia ter empatado a partida num remate de Carlos que levou a bola a “beijar” a trave da baliza de Tó.

No entanto, a sorte não estava do lado dos pupilos de Manuel Barbosa, que perderam inúmeras oportunidades de golo. Entretanto, após as duas equipas terem ficado reduzidas a 10 homens, o Souropires ainda conseguiu empatar a partida na transformação de uma grande penalidade aos 40 . Mas a sorte mudou pouco depois. Os deuses não estavam do lado dos locais e, em apenas dois minutos, o Lamas conseguiu, com alguma felicidade, virar o resultado com dois golos que lhe garantiram a vitória. Mas o resultado tem números demasiado expressivos em nosso entender. Manuel Barbosa admite que a equipa não esteve bem, confirmando a velha máxima do futebol: “quem não marca arrisca-se a sofrer”. Apesar de considerar o resultado «injusto», realçou a sorte do adversário, afirmando mesmo que o Lamas teve «mérito na forma como conseguiu construir a vitória». Quanto ao trio de arbitragem, de Aveiro, esteve em plano aceitável, não tendo influência no resultado final. No entanto, a expulsão de Camilo deixa-nos algumas dúvidas. Com este resultado, o Souropires desceu alguns lugares na tabela, mantendo-se, no entanto, a seis pontos da linha de água.

Fernando Araújo/Rádio F

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