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Sorte madrasta

Fornos esteve a ganhar até aos 92’, quando sofreu o empate numa grande penalidade

O Fornos de Algodres somou o seu terceiro empate consecutivo na série C da IIIª Divisão e caiu para a antepenúltima posição. Frente ao Millheiroense, a sorte nada quis com os comandados de Nando Pompeu, que sofreram o empate já em tempo de compensação num penálti.

As duas equipas precisavam de vencer esta partida. Os locais para subirem na tabela e os visitantes para chegar ao sexteto da frente, apresentando-se com um esquema táctico que apostava na velocidade e criatividade dos seus avançados. Por sua vez, o técnico do Fornos privilegiou um ataque mais organizado e procurou chegar ao golo o mais cedo possível. Do lado do Milheiroense, Zé Paulo foi a figura do jogo, pois revelou-se muito rematador e foi o “bombeiro de serviço” do seu ataque. Foi através de um livre que os visitantes criaram a primeira situação de perigo para o guardião da casa, mas Zé Luís defendeu bem o cabeceamento de Quim Pedro. No Fornos, destaque para Pedro’s que assumiu a missão de servir os seus atacantes e, aos 17’, na cobrança de um pontapé de canto, Johnny apareceu na área a emendar de forma excelente para golo, despoletando a festa nas bancadas.

Na resposta, Machadinho fez a bola rasar a baliza fornense. Já Tibério era um perigo à solta na esquerda, cruzando para área, onde surgiu Pedro’s a emendar de cabeça para fazer a bola sair a escassos centímetros do alvo. O segundo tempo trouxe um adversário mais forte e prático, enquanto o Fornos tentava equilibrar as operações. Mas Zé Paulo estava endiabrado e forçava Zé Luís a aplicar-se. Nos últimos 10 minutos, Nando Pompeu fez entrar Luís Miguel para segurar a vantagem. Perto dos 90’, Nené rasgou para a área e foi impedido de progredir, mas o árbitro albicastrense João Brás nada assinalou. Até que, já em tempo de compensação, Zé Paulo recebeu a bola e rematou forte, com o esférico a bater no braço de Titã, O árbitro assinalou castigo máximo, ficando a dúvida se a mão terá sido intencional ou não. Perante a indignação do público local, o próprio Zé Paulo converteu e restabeleceu o empate. O trio de arbitragem ficou ligado aos lances duvidosos da parte final.

João Ferreira

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