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Solução para hospital de Seia conhecida a 20 de Fevereiro

Santa Casa da Misericórdia está disponível para encontrar a «melhor solução» para a unidade

O Ministério da Saúde vai anunciar dia 20 de Fevereiro a solução definitiva para o Hospital Nossa Senhora da Assunção, em Seia. O anúncio foi feito na última sexta-feira após uma reunião de trabalho em que participaram o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Adão e Silva, o autarca local, Eduardo Brito, o presidente da ARS Centro, Fernando Andrade, o Governador Civil da Guarda, Joaquim Lacerda, e o provedor da Santa Casa da Misericórdia, proprietária do edifício, convidado de última hora, uma vez que a sua presença não tinha sido inicialmente solicitada.

O encontro parece ter sido frutífero, já que a Direcção-Geral de Saúde vai estudar dois cenários de intervenção na unidade senense: o primeiro diz respeito à remodelação e ampliação total do actual edifício, enquanto o segundo passa pela construção de um novo edifício em terrenos anexos ao actual. Uma possibilidade tornada viável pela Misericórdia, que deu o seu aval quanto à cedência de uma área adjacente para o efeito de forma a garantir a preservação do imóvel que tem acolhido o Nossa Senhora da

Assunção há 73 anos. É que a instituição pretende ali instalar uma unidade de cuidados continuados, como disse Adão e Silva, acrescentando que a Santa Casa concorda com as obras de remodelação e que os estudos vão estar prontos até 20 de Fevereiro, data em que o secretário de Estado anunciará qual a solução definitiva. Até lá, os serviços do Ministério da Saúde irão realizar diversos trabalhos de peritagem ao velho edifício para saber se suporta as obras de ampliação previstas e que implicam a construção de mais dois pisos. Uma análise idêntica será feita aos terrenos adjacentes, uma alternativa no caso do imóvel não possibilitar a intervenção desejada.

Um trabalho que deverá dar respostas até dia 20 de Fevereiro, data anunciada para a discussão de um plano funcional prévio do empreendimento. «Se todos concordarem, esse plano passará a definitivo e estarão reunidas todas as condições necessárias para que o projecto de remodelação avance», sublinhou Adão e Silva. Quem continua céptico é Eduardo Brito, presidente da Câmara de Seia, para quem a melhor solução passa pela construção de um novo hospital noutro local, por considerar que a zona onde o Nossa Senhora da Assunção está actualmente instalado «não tem as melhores condições em termos de área e de acessos», defende. Posição mais construtiva assumiu o provedor da Santa Casa da Misericórdia, que depois de ter anunciado a sua discordância quanto à remodelação, está agora de acordo. Mesmo assim, Fernando Beco insiste na preferência por uma remodelação a concretizar nas áreas envolventes, para preservar o velho edifício livre para outros fins. «Cedemos todo o terreno necessário em volta do hospital gratuitamente porque nós preferíamos o edifício antigo para uma unidade de cuidados continuados», adiantou, realçando, no entanto, que a Misericórdia está disponível para encontrar a «melhor solução» para o hospital.

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