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Sócrates vai ser ouvido esta tarde pelo juiz Carlos Alexandre

Depois de ter sido detido no aeroporto e prestar declarações ao DCIAP, o ex-primeiro-ministro foi levado para o Estabelecimento Prisional da Policia Judiciária, em Lisboa, onde passou a noite. José Sócrates vai ser ouvido esta tarde no tribunal central de instrução criminal para ser ouvido pelo juiz Carlos Alexandre.

O antigo primeiro-ministro foi detido esta sexta-feira no Aeroporto da Portela, em Lisboa, quando chegava de Paris. Segundo o “Expresso”, uma das causas da detenção está relacionada com a casa avaliada em três milhões de euros onde o ex-governante residiu quando tirou um curso na capital francesa, depois de deixar o governo: os investigadores querem saber de onde veio o dinheiro para comprar a habitação. Sócrates disse sempre que pediu um empréstimo ao banco para poder pagar o aluguer do apartamento.

Uma fonte judicial confirmou ao semanário que além da casa de Paris estão em causa «muitas outras coisas». Os atos de Jose Sócrates enquanto primeiro-ministro poderão estar agora sob suspeita. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já confirmou, em comunicado, a detenção, que surge no âmbito de um processo de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal. O inquérito está a ser conduzido pelo procurador Rosário Teixeira.

O comunicado diz que a presente investigação não teve origem no processo Monte Branco. Ao longo da noite, a detenção de Sócrates foi relacionada com uma outra operação das autoridades, que desenvolveram buscas na sede do grupo Lena, em Leiria. Foi inclusivamente avançado que os três detidos seria quadro da empresa. Entretanto, o grupo Lena já emitiu um comunicado a negar estes factos.

«É falso que haja quaisquer detenções de responsáveis ou colaboradores do Grupo Lena, seja a que título for», refere o texto. «As buscas que foram efetuadas este final de tarde e início de noite na sede do Grupo nada tinham a ver, tanto quanto fomos informados e foi percetível, com a atividade empresarial do Grupo Lena».

Em Agosto, a revista “Sábado” escreveu que Sócrates estava a ser investigado no âmbito de um processo extraído do caso Monte Branco. Na altura, a PGR desmentiu que o ex-primeiro-ministro estivesse a ser investigado.

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