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Socialistas desconfiam que PIDDAC «real» é de 25 milhões de euros

Cortes na Guarda, Aguiar da Beira, Almeida, Mêda e Sabugal são «particularmente preocupantes»

A Federação Distrital do PS da Guarda classifica o Orçamento de Estado (OE) para 2005 de «falso, martelado e eleitoralista», uma vez que «penaliza» o desenvolvimento sócio-económico do distrito. Em comunicado, os socialistas afirmam que o PIDDAC, «embora cresça em relação ao ano anterior, é vergonhoso para o distrito, e não contempla ou contempla com valores ridículos investimentos fundamentais para o desenvolvimento do distrito».

Em causa estão a construção do IP2 a Norte de Celorico da Beira, a ligação IP5-Via de Cintura Externa da Guarda, os quartéis da GNR de Gonçalo, Guarda, Paranhos da Beira (Seia), Vilar Formoso e Freixedas (Pinhal), a variante a Seia, os Centros de Saúde de Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e da Guarda ou a “estrada verde”. Mas também as estradas Guarda-Pinhel, Guarda-Sabugal, Meda-Pinhel, os Itinerários Complementares IC6 (Covilhã-Viseu) e IC-7 (Venda de Galizes-Celorico da Beira) e dos quartéis de Bombeiros de Almeida e Loriga (Seia). O PS da Guarda denuncia ainda que muitas promessas feitas pela coligação PSD/CDS em 2002 não constam do PIDDAC, nomeadamente a construção do novo Hospital de Seia, o Centro Especializado para Idosos ou o Parque Temático de Foz Côa, ou apresentam valores «para enganar», como o novo Hospital da Guarda. Por outro lado, consideram «particularmente preocupante» os cortes nas dotações dos concelhos da Guarda (menos 63 por cento), Aguiar da Beira (menos 60 por cento), Almeida (menos 64 por cento), Mêda (menos 60,1 por cento) e Sabugal (menos 59 por cento).

Os socialistas estranham ainda a dotação da beneficiação da Linha da Beira Baixa: «No ano passado, o investimento previsto era de 2,7 milhões de euros e agora, quando quase nada foi feito, surge com quase 20 milhões de euros para 2005. Este valor representa quase 20 por cento do total do PIDDAC do distrito e, obviamente, esta dotação não vai ser executada», desconfiam, alegando que não existem estudos e projectos para a obra avançar. De resto, estão convictos que o investimento real da administração central na Guarda «não ultrapassará no ano de 2005 o valor de 25 milhões de euros, sendo este o PIDDAC real e não o dos 100 milhões de euros».

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