Claro que estou absolutamente solidário com Vital Moreira, visto que a violência é inaceitável.
Sucede é que Vital (meu amigo e condiscípulo no Liceu) está a pagar pela sua radical ignorância, desfaçatez e sofisma.
Radical ignorância e desfaçatez que escancarou nas palavras proferidas quando do sesquicentenário no nosso Liceu; sofisma quando avaliza a espúria atitude de, v.g., uma Elisa Ferreira.
Não é agradável dizê-lo – mas não se pode fugir à verdade. Com efeito, além de radicalmente ignorante há uma pergunta a fazer-lhe: que pensas tu, meu caro Vital Moreira, que é a seriedade? Mais. Podes estar certo que nenhum caloiro matriculado em Filosofia – pelo menos os que, no meu tempo, conheci – diria e agiria como tens agido. Não se trata de fazer reparo à tua evolução interior, porque isso é outra coisa.
Reiterando que a violência é absolutamente inadmissível, o episódio mostra ainda que o “rei vai nu”. Por outras palavras, não há que ter quaisquer ilusões com a categoria da Faculdade de Direito da universidade coimbrã.
Lembras-te de, terminada a minha intervenção na Assembleia Magna de 28-V-1969, com passo acelerado teres vindo na minha direcção, me teres abraçado com toda a força e exclamado: “Genial!!”?
“Sou muito amigo de Platão, mas sou mais amigo da Verdade”.
Aceita um emocionado abraço.
J.A. Alves Ambrósio, Guarda, 3-V-09