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«Só seria candidata se no meu partido se “partissem” todos»

P-Este vai ser o último aniversário da cidade com Maria do Carmo Borges como presidente?

R-Não sei em que mês serão as eleições no próximo ano.

P-Numa reunião que houve há dias com Jorge Coelho, no seguimento da discussão de quatro hipotéticos candidatos do PS à autarquia, Maria do Carmo terá comentado que em última instância, «se houver balbúrdia quanto à escolha do candidato estarei disponível para me candidatar». É verdade?

R-Não foi essa a terminologia. Disse com clareza que só haveria uma hipótese de vir a ser candidata, que era se o meu partido não tivesse pessoas suficientemente inteligentes para saberem escolher o melhor e que se “partissem” todos. Mas como o meu partido é composto por pessoas inteligentes e capazes, não será necessário o sacrifício da presidente actual se recandidatar.

P-Apesar de ter dito várias vezes que não se iria recandidatar, poderá mudar de ideias?

R- Não.

P- Foram apresentados quatro nomes a Jorge Coelho: José Igreja, Esmeraldo Carvalhinho, António Saraiva e Joaquim Valente. Supondo-se que José Igreja e Esmeraldo Carvalhinho desistem em prol dos outros dois ou para apoiar um dos dois à corrida. Um é presidente da concelhia e o outro é amigo pessoal do secretário-geral do partido. Não poderá daí resultar algum conflito ou até mesmo balbúrdia. Perante isto poderá reconsiderar?

R-Não. “O Interior” está a fazer cenários que nunca fiz e espero que também tenha uma solução para eles. O PS vai ter o seu tempo de indicar o seu candidato com serenidade, com a garantia de que será um candidato vencedor e ganhador sem problemas.

P-Ficou contente com os vereadores que escolheu para a equipa há três anos?

R-Fiquei contente. Há uns tempos fizeram um comentário injusto n”O Interior” acerca de um vereador que está aqui a meio termo e que é de uma dedicação extrema. E Maria do Carmo não está nada arrependida de o ter escolhido.

P-Acha que a Guarda precisa de um novo D. Sancho ou de um novo Foral?

R-Não vou fazer comentários àquilo que são as opiniões de outras pessoas. Acho que a Guarda necessita de pessoas com afinco no seu desenvolvimento. A Guarda não precisa de novos forais. Teve o seu foral em 1199 como cidade e teve pessoas que a souberam manter como cidade até hoje. Não é a questão do foral que traz mais obras nem o D. Sancho.

P-Mas subscreve as críticas que Ana Manso fez ao Governo?

R-Subscrevo na totalidade aquilo que Ana Manso disse em termos da cidade da Guarda – como as portagens ou o PIDDAC. Só acho estranho que Ana Manso não tenha tido a mesma atitude aqui que teve em Barcelos. Deve ser porque gosta de me ver zangada, ao acusar que é por falta de capacidade da presidente de Câmara. Não tenho nada a ver com o PIDDAC vergonhoso que foi feito, reclamámos e fizemos os nossos pedidos. A senhora deputada também é vereadora e conhece os anseios desta terra. É preciso ter outro tipo de linguagem.

P- Vai abandonar a política?

R- Não. Isto está comigo. Podem ter a certeza que não calçarei as pantufas para ficar sentadinha em casa. Mas o futuro o dirá.

P- Esperava mais do desempenho dos vereadores da oposição?

R- Temos a oposição que temos, tiveram altos e baixos… A seu tempo farei uma auto-critica e a avaliação deste mandato.

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