Arquivo

Sítios arqueológicos em exposição em Fornos

Iniciativa da ARA está patente no Centro de Interpretação Histórica e Arqueológica

A Fraga da Pena tem lugar de destaque na passagem por Fornos de Algodres da exposição itinerante “25 Sítios Arqueológicos da Beira Interior”, organizada pela ARA – Associação de Estudo Desenvolvimento e Defesa do Património da Beira Interior. A mostra está patente até dia 22 no Centro de Interpretação Histórica e Arqueológica do município.

A Fraga da Pena, em Sobral Pichorro, é um dos inúmeros sítios de interesse arqueológico do concelho fornense. Desde 1990 que este gigantesco TOR granítico, cuja formação terá resultado de um processo de erosão diferencial permitindo a formação da rocha, tem essa identificação. Os trabalhos prospectivos ali realizados permitiram verificar a existência de uma estrutura pétrea, semi-circular, bastante derrubada, que bloqueia o acesso pela rocha e que poderá corresponder a uma eventual estrutura defensiva. Um aspecto a confirmar em próximas intervenções de campo. Mas há mais para ver em Fornos, caso do dólmen de Corgas (Matança), a Casa da Orca (Cortiçô) ou o castro de Santiago (Figueiró da Granja). Conjuntos que não fazem parte desta exposição, que é constituída por imagens e informação detalhada sobre as 25 estações arqueológicas mais emblemáticas da região. Para além da Fraga da Pena, um trabalho de António Carlos Valera, estão patentes sítios como o Prazo (Foz Côa), Vale do Côa, Castelo de Longroiva (Mêda), Templo Romano da Civitas Aravorum (Mêda), Torre de Almofala (Figueira de Castelo Rodrigo) e Moreira de Rei (Trancoso).

Podem ver-se igualmente as estações de Vilares (Trancoso), S. Gens (Celorico da Beira), Castelo Mendo (Almeida), Póvoa do Mileu (Guarda), Calçado dos Galhardos (Gouveia) e o Sabugal Velho (Sabugal). O mais representativo do distrito de Castelo Branco está em Centum Cellas (Belmonte), Templo Romano de N. Sra. das Cabeças (Covilhã), Torre dos Namorados (Fundão), Idanha-a-Velha (Idanha-a-Nova), entre outros. A ARA explica tratar-se de uma escolha «subjectiva», pois os sítios que figuram na exposição não são «necessariamente os mais importantes em termos científicos, mas aqueles que se encontram visitáveis e enraizados na memória colectiva das populações como testemunhos de um passado mais ou menos remoto». “25 Sítios Arqueológicos da Beira Interior” tem ainda a particularidade de revelar ao público em geral o trabalho dos vários arqueólogos que trabalham na região. Caso de António Sá Coixão, Ana Brígida Cruz, Manuel Sabino Perestrelo, Elisa Albuquerque, Maria do Céu Ferreira, António Carlos Valera, Vítor Pereira, Marcos Osório, Ana Bica Osório, João Lobão, António Marques, Dário Neves, Helena Frade, Pedro C. Carvalho, José Cristóvão e do Museu Arqueológico Municipal do Fundão.

Sobre o autor

Leave a Reply