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Silo do Sporting da Covilhã pode passar para a Parq C

Medida já foi levada à sessão de Câmara, mas ainda «não está nada decidido» sobre o assunto

O executivo camarário covilhanense deverá discutir ainda durante este mês a entrega da exploração do silo do “Sporting Clube da Covilhã” (SCC) à empresa Parq C, empresa concessionária do silo do Pelourinho com capacidade para 400 lugares. A confirmação foi deixada pelo presidente da Câmara da Covilhã após a sessão extraordinária realizada na última terça-feira para debater essencialmente este assunto. No entanto, «nada foi decidido», pois a Câmara da Covilhã «ainda está a estudar a proposta», garantiu Carlos Pinto, adiantando apenas que «dificilmente» será aprovada a que foi anunciada pela agência Lusa na terça-feira.

De acordo com a agência noticiosa, com base numa fonte do SCC, o acordo que se encontra a ser negociado com o Sporting da Covilhã pressupõe a entrega do silo à Parq C até 2019, estando esta “obrigada” a pagar ao clube uma quantia global superior a 2,2 milhões de euros, divididos pelos próximos 15 anos com pagamentos mensais de 11,2 mil euros. Além destas cláusulas, o acordo pressupõe ainda a entrega de 200 mil euros ao SCC na assinatura do contrato de arrendamento. Contudo, este processo da entrega do silo do Sporting à Parq C está a gerar as maiores controvérsias. Ainda na edição passada de “O Interior”, o presidente do SCC, João Petrucci, garantia que estas notícias eram «especulação», sublinhando que nada estava acordado com a Parq C. Mas, ainda assim, mostrava-se disponível para negociar com a concessionária do silo do Pelourinho tudo o que fosse «para bem do Sporting».

Na mesma reunião, Carlos Pinto criticou ainda o líder da bancada parlamentar do PS, Artur Meireles, por ter solicitado ao presidente da mesa da Assembleia Municipal, Carlos Abreu, uma sessão extraordinária para debater apenas o problema dos 148 fogos de habitação social no Bairro do Cabeço, no Tortosendo. Uma matéria que junta em tribunal a Câmara da Covilhã, a Junta de Freguesia do Tortosendo (cujo presidente é Carlos Abreu) e o Sporting do Tortosendo e Benfica. Carlos Pinto adiantou aos jornalistas que a Câmara não vai convocar «qualquer Assembleia Municipal Extraordinária», acusando o clube de querer utilizar esse órgão para fazer «”chicana” política». É que, para Pinto, a colectividade e o líder da bancada socialista preferem «usar as habitações como objecto de disputa política» ao invés de quererem ajudar as pessoas que «necessitam dessas casas para viverem com mais qualidade do que estão agora», acusa. A polémica parece assim ter voltado de novo à ribalta, com troca de acusações entre autarquias, o clube desportivo e o PS. Os socialistas acusaram ainda há dias (ver edição 208) o presidente da Câmara de tentar culpabilizar o PS pelo imbróglio causado com as «condutas ilegais» da Câmara e da junta do Tortosendo através de «manobras de intoxicação públicas».

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