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Sete propostas para as Jornadas Europeias do Património

Roteiro da região passa por Almeida, Belmonte, Covilhã, Fornos de Algodres, Fundão, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa entre amanhã e domingo

As Jornadas Europeias do Património estão de regresso entre amanhã e domingo em todo o país sob o tema “Património: Um mapa da História”. Na região, a iniciativa do Conselho da Europa e da União Europeia para sensibilizar a população para a importância da protecção e da valorização do património acontece em sete municípios. O destaque vai para Vila Nova de Foz Côa, onde estão programadas sete actividades.

Coordenador nacional do evento, o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) pretende vincar a estreita relação entre os sítios patrimoniais e os acontecimentos históricos que lhes estão associados. «O Património, nas suas diferentes manifestações, documenta um percurso espaço-tempo das sociedades; viajar pelas cidades, percorrer o território observando vestígios, interpretando os cenários urbanos e rurais de factos históricos e políticos, da humanização das paisagens, da produção técnica e científica, literária ou artística, é como ter, entre mãos, um inesgotável mapa que nos ajuda a entender de onde viemos e a escolher para onde podemos seguir», sublinha o IGESPAR em comunicado. Por cá, o município de Almeida decidiu assinalar a iniciativa com a assinatura de um protocolo de colaboração entre autarquias da Beira Interior para a preservação conjunta dos seus patrimónios.

A cerimónia acontece amanhã no Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida (CEAMA), a que se segue o lançamento do livro “Almeida, da pré-história aos nossos dias – Memórias”, de Adriano Vasco Rodrigues. Trata-se de uma edição da Câmara local. Belmonte também não deixa passar em vão as Jornadas e desafia os municípes para um “photopaper” no domingo. O objectivo é fotografar monumentos e locais de interesse da vila, sendo que o melhor portfólio terá direito a um prémio de 500 euros. Já a melhor fotografia poderá ainda constar de um selo editado pela autarquia. Na Covilhã, há por estes dias visitas orientadas à exposição “Interconexões/ Relações Urbanas”, de Fernando e Rodrigo Zaparain, que está patente na galeria da Real Fábrica Veiga do Museu de Lanifícios da UBI. O “cicerone” é o seu comissário Jorge Jular Ramos. Do outro lado da Serra, o Centro de Interpretação Histórica e Arqueológica de Fornos de Algodres (CIHAFA) também organiza – mas só amanhã – visitas guiadas, com entrada gratuita, ao seu espólio e à exposição “A Cestaria em Portugal”, do Museu Etnobotânico de Fornos de Algodres.

Muros-apiários em Foz Côa

À noite, tem lugar a Rota das Formigas, uma caminhada nocturna de sete quilómetros promovida pela StarNatura para descobrir algum do património de Fornos de Algodres. O ponto de partida é a anta de Matança. Já o Museu Arqueológico Municipal do Fundão decidiu assinalar o evento com um colóquio e exposição sobre “Os segredos do subsolo no Concelho do Fundão – sete anos de Escavações Arqueológicas (2003-2009)”. As conversas estão agendadas para amanhã no auditório da instituição. Em Trancoso, há um recital de Augusto Madrugada no Teatro Municipal e, no domingo, uma conferência e a abertura da exposição “Pedra Corpo” no castelo. A tarde termina com um concerto de guitarra de Paulo Vaz de Carvalho. Em Vila Nova de Foz Côa há propostas para todos os gostos. A começar, amanhã, por um debate sobre “Património, Turismo e Desenvolvimento Local”, no Museu do Côa, seguindo-se uma exposição fotográfica sobre o tema das jornadas no Centro Interpretativo de Numão.

Ainda em Freixo de Numão, no sábado pode participar num “peddy-paper” dedicado ao património da freguesia e numa caminhada de Naumen ao Douro Vinhateiro. Nesse dia, o Parque Arqueológico do Vale do Côa, em colaboração com a autarquia, organiza no museu um colóquio dedicado aos “Muros-apiários – Um Património Comum no Sudoeste Europeu”. A jornada inclui ainda visitas guiadas às exposições “Artistas Convidados” e “Gravura Rupestre do Vale do Côa”, que estão no Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa no âmbito da 5ª Bienal Internacional de Gravura do Douro 2010, que decorre até 31 de Outubro. Já no domingo estão programadas visitas ao Museu do Côa e aos muros-apiários – contruídos pelo homem para proteger as colmeias de predadores – mas estas carecem de marcação prévia no parque arqueológico (telef.:279 768 260/1 ou dalila.pavc@igespar.pt).

Luis Martins Novo Museu do Côa acolhe conferências e proporciona visitas

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