O Sporting da Covilhã foi afastado da Taça de Portugal, na passada quarta-feira, pelo Vila Meã. A partida foi sempre disputada a um ritmo muito baixo, o que favoreceu a estratégia dos visitantes, que têm a melhor defesa de todos os campeonatos nacionais.
O primeiro lance de perigo aconteceu aos 19’ num livre de Cunha, que Paulo Jorge desviou para canto. Perto da meia-hora foi Paulo Campos quem esteve muito perto de marcar, depois de cruzamento longo de Cordeiro, mas a bola saiu por cima. Aos 32’, o Vila Meã assustou Luís Miguel, com um remate de longe de Henrique, que fez a bola passar junto ao poste. Era o prenúncio do golo, que surgiu um minuto depois. Grande lance do ataque dos visitantes pela direita, com Vitinha a cruzar para a entrada de cabeça de Viana, que não deu hipóteses ao guardião serrano. No início da segunda parte, os locais apareceram com outra disposição e criaram duas boas situações para marcar. Primeiro foi Real, num pontapé de bicicleta, mas o esférico passou a centímetros do poste. A segunda oportunidade esteve nos pés de Sanussi, que, isolado, não conseguiu ultrapassar Paulo Jorge. Contudo, aos 55’, o Vila Meã acabou por ampliar a vantagem. Vitinha cruzou novamente para o desvio, já dentro da pequena área, de Viana.
João Salcedas arriscou o possível e fez duas alterações, mas o Covilhã estava em dia não. Só nos últimos 10 minutos é que pôs à prova o guardião do Vila Meã. Primeiro, num desvio de Paulo Campos, a livre de Pimenta, que Paulo Jorge defendeu para canto. E a seis minutos do fim foi Banjai que, na grande área, tentou a sua sorte, mas o guarda-redes esteve de novo em bom nível. Aos 93’, o Covilhã conseguiu finalmente marcar, num bom remate de cabeça de Paulo Campos. A esperança renasceu e, aos 97’, o empate quase aconteceu, não tivesse Luizinho, em posição de fora-de-jogo, desviado o cabeceamento de Tarantini. No final, João Salcedas referiu que o Covilhã esteve muito longe do habitual e que os jogadores estiveram «displicentes e apáticos». Já Eduardo Luís, treinador do Vila Meã, afirmou que a equipa «só pode estar de parabéns» por esta vitória «justa e difícil».
Francisco Carvalho
