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Serra das Estrelas

Com frequência fala-se e escreve-se de artesanato, produtos regionais, feiras anuais de gastronomia e até de confrarias disto e daquilo, mas não se vê uma dinâmica suficientemente forte para promover uma constante amostragem dos produtos regionais.

Nós, os beirões, principalmente os do interior, vivemos encostados à Serra da Estrela, que está no meio de duas auto-estradas, a A23 e a A25 (…). Porque não aproveitar esses trajectos, com as suas áreas de serviço a serem abastecidas com os melhores produtos regionais? Não quer dizer que se transformem em supermercados de hortaliças e seus derivados. Não é isso, mas sim uma boa exposição feita com gosto (…).

Tem que se semear para mais tarde se colher. Não esquecer que esses produtos, para além de poderem ser saboreados, têm o objectivo de atravessar fronteiras, sujeitos a muitas críticas, mas também louvores, por isso a qualidade deve imperar acima de tudo e em todos os aspectos.

Quanto aos produtos de puro artesanato, havia que seleccionar os que melhor representassem a nossa região. Mas, quanto aos produtos comestíveis, temos igual ou melhor do que se faz lá fora. (…) Por exemplo, temos vários tipos de queijo, mas (…) o único que cheira e sabe a queijo é o verdadeiro da nossa Serra. Por isso, deve ter uma embalagem digna e sedutora. Quanto aos enchidos, há boa qualidade em cada região. Na doçaria, (…) temos para competir com quem quer que seja. Vejam-se apenas estes exemplos: bolo de ovos e azeite da Guarda, bolo doce do Tortosendo, sem esquecer as bolas de carne e bacalhau de Lamego (…), os biscoitos do Fundão, da Boidobra e da Covilhã, assim como compotas. E temos ainda os queijos da zona de Castelo Branco.

A área de serviço do Fundão tem sido privilegiada ao ser abastecida com tudo de bom da região, devido à sua aproximação a todos estes produtos (…).

António Nascimento, Guarda

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