As áreas protegidas poderão ser agrupadas em cinco zonas classificadas com uma única direcção, segundo o projecto de reestruturação do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), actualmente em consulta. A proposta estabelece, por exemplo, que o Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) integre a Área Classificada de Montanha, juntamente com o Parque Nacional da Peneda Gerês, os Parques Naturais do Alvão e Montesinho e as Paisagens Protegidas de Açor e Corno Bico.
O presidente do ICN, João Menezes, em declarações à Lusa, minimizou a proposta de reestruturação dizendo tratar-se «apenas de um documento interno de trabalho», mas adiantou concordar com a necessidade de reduzir o número de directores das áreas protegidas. «Apesar de ter algumas reservas ao projecto, posso adiantar que há alguma concordância sobre a necessidade de mudar a gestão das áreas protegidas e reduzir o número de dirigentes. É impossível continuar a despachar com 35 pessoas», afirmou, referindo-se aos directores de áreas protegidas e outros dirigentes. O projecto de reestruturação foi elaborado por um director de uma área protegida e outro dos serviços centrais, cujos nomes João Menezes se escusou a adiantar, e está a ser alvo de consulta pelas direcções das áreas protegidas. «O projecto não vincula nem reflecte a posição da presidência, só vincula as pessoas que o fizeram», ressalvou o presidente do ICN, adiantando que depois de publicada a lei orgânica do Ministério do Ambiente, agendada para este mês, o ICN tem 90 dias para apresentar ao Governo o seu projecto de reestruturação.
Esta proposta prevê o agrupamento das áreas protegidas em cinco Áreas Classificadas – de Montanha, de Zonas Húmidas, Litoral Norte, Litoral Sul e Interior (onde ficarão o Parque Natural do Douro Internacional e da Reserva Natural da Malcata) – que integram ainda as Zonas de Protecção Especial (ZPE) e os Sítios da Rede Natura 2000 das áreas de influência.
