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Serra da Estrela com Plano de Emergência único desde 2002

Documento operacional estabelece normas de actuação e zonas críticas de intervenção no Maciço Central

A Serra da Estrela tem um único Plano de Emergência Especial desde Dezembro de 2002, que deve ser accionado sempre que exista a necessidade de resgate de pessoas, se registe um acidente rodoviário com mais de cinco sinistrados ou o desaparecimento de pessoas no maciço central. Mas também quando houver danos em infraestruturas ou se verifique uma situação de iminência ou ocorrência de risco para as populações ou meio ambiente. Até à data, este plano nunca foi mobilizado. O documento veio substituir os dois planos existentes nos distritos da Guarda e Castelo Branco e estabelece as normas de actuação dos organismos com responsabilidades nos domínios da protecção civil dos dois distritos e a estrutura operacional para que o socorro às vítimas seja o mais rápido e eficiente possível.

O documento declarada como zonas críticas de intervenção o Cântaro Magro e Covão Cimeiro, o Covão do Ferro, a encosta Sul da Serra e o Maciço Central, locais «particularmente difíceis» aquando da ocorrência de temporais, enquanto a Serra na sua totalidade também merece uma atenção especial por parte das equipas de socorro, sobretudo nos períodos nocturnos. Ao todo, serão 12 as corporações de bombeiros, situadas na corda da Serra, que ficarão de alerta para o caso de alguma daquelas situações se registar, devendo as operações ser coordenadas pelo Governador Civil do distrito em que ocorrer o sinistro. Aquele responsável poderá ainda contar com o apoio de um Centro Distrital de Operações de Emergência e Protecção Civil, que reúne representantes da protecção civil, bombeiros, Parque Natural da Serra da Estrela, GNR e PSP, IEP, sub-Região de Saúde, INEM e DRABI. Uma autêntica máquina operacional que também deverá ser ajudada pelos Clubes de Montanhismo da Covilhã e Guarda e pela “Equipa SOS-Estrela”, formada há alguns anos no seio da Associação dos Amigos da Serra da Estrela, sediada em Manteigas.

Existe, por outro lado, o Plano Prévio de Intervenção (PPI) dos bombeiros da zona serra, com o objectivo de coordenar as acções de socorro e integrar a actuação de cada corporação no Maciço Central. Nesse sentido, as corporações da Covilhã, Manteigas, Gouveia, Seia, São Romão e Loriga, são os intervenientes directos naquela área, enquanto a Guarda, Gonçalo, Celorico da Beira, Folgosinho e Melo estão escalados como reforços. Contudo, os bombeiros continuam a sentir problemas de instalações para acolher piquetes nos fins-de-semana no maciço central para poderem, o mais rapidamente possível, prestar assistência aos visitantes. A GNR não tem, nesse particular, motivos de queixa, pois funciona na Torre um posto sazonal com 16 militares, três jipes e dois cães.

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