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Ser voluntário, uma lição de vida*

Por motivos profissionais terei de deixar o Grupo de Voluntários do Hospital Sousa Martins (HSM), na Guarda, no qual ingressei em Fevereiro de 2004. Considero que foi uma experiência extremamente enriquecedora e que contribuiu, igualmente, para a minha formação como enfermeira.

Conhecer o que é estar do “outro lado”, saber o que é estar internado, junto de pessoas que desconhecemos, com a família longe, dá-nos outra perspectiva como profissionais de saúde. A partir do momento em que comecei a exercer voluntariado apercebi-me que uma simples palavra amiga ou um simples toque na mão, pode fazer toda a diferença numa pessoa que se sente só. Ser voluntário dá-nos a noção completa da relação de ajuda de que tanto se fala, mas a qual, talvez, pouco se compreende. Penso que é uma iniciativa a manter, devendo ser cada vez mais valorizada, pois, na actualidade, a nossa sociedade não compreende o significado de ser voluntário.

O facto de ter de deixar este grupo do HSM não esmoreceu toda a minha vontade em ser voluntária. Neste momento, tive a oportunidade de ingressar no grupo de voluntariado missionário Guard’ África. No entanto, nunca irei esquecer que foi o magnífico grupo de pessoas que me acolheu no HSM que me ensinou o que é estar disponível para o “outro” e que é graças a eles que hoje sei o que é ser voluntário. Por isso, na hora da despedida, faço votos para que este grupo continue a crescer, agradecendo as vivências que me proporcionou.

*Título da responsabilidade da redacção

Isa Santos, Guarda

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