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Sentença do caso de burla cometida a partir da cadeia da Guarda conhecida amanhã

Justiça

O Ministério Público (MP) pediu a condenação do luso-americano Allan Sharif e de mais três arguidos, acusados da alegada prática de crimes de corrupção ativa e de burla qualificada, enquanto os advogados de defesa pediram a absolvição.

Nas alegações finais, que decorreram no Tribunal da Guarda na passada quinta-feira, o delegado do MP afirmou que durante o julgamento, realizado em duas sessões, «fez-se prova suficiente para que os arguidos sejam condenados, se não por todos, por alguns dos crimes de que estão acusados». Os factos ocorreram em 2008 a partir do Estabelecimento Prisional da Guarda, onde três dos acusados cumpriam pena e um quarto era enfermeiro. Segundo a acusação, os reclusos montaram um «esquema» em que, por telemóvel, mediante «a falsa promessa de concretização de um negócio imobiliário», convenceram duas mulheres de uma imobiliária do Algarve a efetuarem transferências de dinheiro no valor de 5.900 euros. Contudo, a marosca foi detetada após uma briga, na cela, entre Allan Sharif e um dos reclusos e agora arguido.

Segundo o MP, para prova existem «as declarações das ofendidas e a prova documental relacionada com as transferências» bancárias, tendo considerado que as duas mulheres, ouvidas por videoconferência, «foram efetivamente enganadas» e «lesadas». Já a advogada de Allan Shariff pediu a absolvição dizendo que «não existe prova para condenar» o seu cliente e os restantes réus «pelo crime de corrupção nem pelo crime de burla qualificada». A mesma tese foi sustentado pelos advogados dos outros três arguidos. A leitura do acórdão está marcada para amanhã à tarde.

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