A segunda maior cidade do distrito da Guarda também não vai ter iluminação de Natal este ano. «Não é uma prioridade em tempos de crise», justifica o autarca de Seia, segundo o qual a decisão representa uma poupança de cerca de 30 mil euros, o valor gasto no ano passado.
Habitualmente, a iluminação natalícia é instalada nas principais ruas da cidade e da vila de São Romão, mas desta vez o município serrano está obrigado a cortar nas despesas correntes. «É um sinal de que não estamos a olhar a esforços para poupar», refere Carlos Filipe Camelo, admitindo que os próximos tempos serão de «enormes dificuldades» para a autarquia. O edil avisa mesmo que «as fortes restrições financeiras impedem que a Câmara concretize muitas das obras em curso e adie novos investimentos». Pede, por isso, «o empenhamento de todos» para ajudar a ultrapassar esta fase. Nesse sentido, a autarquia tem em curso um plano de reequilíbrio financeiro, que prevê um empréstimo de 45 milhões de euros a 20 anos.
O objectivo é transferir a dívida a fornecedores para a banca, sem aumentar o endividamento líquido. O plano inclui medidas de contenção como a redução, até 2013, das despesas com horas extraordinárias e o fim das taxas de juro de mora cobradas pelos fornecedores. Será ainda redefinido o modelo de financiamento da empresa municipal de cultura e as transferências para Juntas e associações serão «muito mais restritivas».
