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Seia integra rede de municípios de adaptação local às alterações climáticas

O Climadapt.Local permite preparar respostas a problemas como inundações, ondas de calor ou riscos de fogos florestais

A Câmara de Seia é a única autarquia do distrito da Guarda que integra a rede de municípios de adaptação local às alterações climáticas, a criar no âmbito do projecto Climadapt.Local.

Esta rede, que envolve 26 autarquias, será formalizada hoje, em Lisboa, e pretende capacitar as autoridades locais na avaliação de vulnerabilidades e planeamento para a mudança do clima. O projeto envolve 1,5 milhões de euros, financiados pela iniciativa EEA Grants, com verbas que vêm da Noruega, Liechtenstein e Islândia, através de um acordo com o Governo português. O seu principal objetivo é o desenvolvimento de 26 Estratégias Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC), em parceria com as respetivas autarquias. Coordenado por Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o Climadapt envolve a Agência Portuguesa do Ambiente e também vai desenvolver um programa formativo para os técnicos municipais das autarquias parceiras.

De acordo com este responsável, o projeto permite preparar respostas em vários municípios a problemas como inundações, ondas de calor ou riscos de fogos florestais relacionados com mudanças do clima. «Procuramos ir ao encontro das vulnerabilidades à mudança climática das diferentes Câmaras, se estivermos a pensar numa autarquia de uma região do interior do Alentejo, os problemas são bastante diferentes daqueles que se colocam a uma câmara do norte do país, da região do Minho», explicou Filipe Duarte Santos. As 26 autarquias que vão participar são Amarante, Barreiro, Braga, Bragança, Castelo de Vide, Castelo Branco, Coruche, Évora, Ferreira do Alentejo, Figueira da Foz, Funchal, Guimarães, Ílhavo, Leiria, Lisboa, Loulé, Montalegre, Odemira, Porto, Seia, São João da Pesqueira, Tomar, Tondela, Torres Vedras, Viana do Castelo, Vila Franca do Campo.

Portugal é dos países que terá impactes mais significativos decorrentes das alterações climáticas, desde a subida do nível do mar, que afetará os municípios do litoral, ao aumento da temperatura e à maior frequência e intensidade de cheias e secas.

Concelho serrano será um dos 26 subscritores deste projeto

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