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Seia

O que querem os candidatos no seu concelho

Filipe Camelo (PS)

P – Qual é a marca deste mandato?

R – É o equilíbrio e o rigor. Houve redução drástica do endividamento municipal, em cerca de 16 milhões de euros, que conciliámos com os investimentos necessários. É uma marca notável se pensarmos que o fizemos sem onerar os cidadãos e as empresas, aumentando as transferências para as freguesias, lançando novos projetos e ampliando os apoios sociais.

P – E o seu principal projeto se for reeleito?

R – É continuar a qualificar o concelho em vários domínios para que possamos continuar a melhorar a nossa atratividade, captar mais investimento privado, gerar mais emprego e tornar o tecido económico mais competitivo. Vamos estar muito concentrados na execução do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Seia. Dos mais de 20 milhões de euros que temos assegurados nos fundos europeus, cerca de metade estão alocadas a esse programa que transformará o “coração” da cidade.

P – Como vai resolver a principal carência do concelho?

R – Sendo o emprego, vamos canalizar todos os recursos financeiros para esta área. É onde estamos menos bem e evidenciamos problemas. Faltam as acessibilidades e uma conjuntura mais favorável à confiança dos investidores.

A Câmara não cria emprego, mas cria condições para que o investimento privado aconteça. Além dos incentivos municipais que têm vindo a ser ampliados, só nos resta continuar a qualificar e a tornar o concelho mais atrativo. Vamos investir nas pessoas, no conhecimento, na formação, além de estreitar a relação com as instituições de ensino, nomeadamente com a Escola Superior de Turismo e Hotelaria, da qual devemos tirar maior partido. A curto prazo, vamos firmar uma parceria com o Ministério do Trabalho para instalar uma incubadora de empresas no antigo ninho de empresas de Seia, dinamizada pela Câmara Municipal.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1º Filipe Camelo

2º Cristina Sousa

3º Luciano Ribeiro

4º Margarida Nereu

5º José Maria Nogueira

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Margarida Abrantes (CDU)

P – Como avalia a gestão da atual maioria?

R – De forma negativa. Não podemos dissociar a gestão deste mandato dos anteriores em que o PS teve sempre maioria absoluta. E principalmente neste e no anterior, em que a equipa, excetuando a substituição de um vereador, foi exatamente a mesma. Ao longo destes anos perdemos serviços, não se construíram as acessibilidades, nomeadamente os IC’s 6, 7 e 37, o que conduziu a que as empresas não se fixem em Seia. Logo não há emprego e os habitantes são obrigados a procurar trabalho noutras paragens, nomeadamente nos concelhos vizinhos. Além disso, o turismo encontra neste executivo uma falta de estratégia e não se vislumbra qualquer eixo ou iniciativa de desenvolvimento.

P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – É difícil responder a esta pergunta porque as carências são enormes. Das estradas municipais em completo estado de degradação, ao desemprego, ao despovoamento, à desertificação, à Saúde, com o hospital a perder valências e os Centros de Saúde continuamente a perder meios humanos e a ficarem obsoletos. A escola secundária está a ficar sem condições físicas e temos elevadas taxas de IMI e Derrama, a que juntamos as taxas, tarifas e outros impostos municipais que se refletem, por exemplo, na fatura da água.

P – E o seu principal projeto?

R – São vários os projetos que apresentamos e não existe um que possamos considerar como principal. Assim, temos de forçar a construção dos ICs, pois será, talvez a principal forma de atrair empresas e consequentemente criar emprego. A isto juntamos uma atitude verdadeiramente interventiva e reivindicativa junto do poder central e de outras entidades, exigindo políticas que valorizem as potencialidades e as riquezas do concelho e a sua divulgação. No turismo tudo faremos para terminar com o monopólio da Turistrela que é o maior entrave ao desenvolvimento turístico de Seia, como da Serra da Estrela.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1ª Margarida Abrantes

2º Joel Ramires

3ª Sandra Pereira

4ª Ilda Bernardo

5º Jorge Santos

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Fabíola Figueiredo (PSD)

P – Como avalia a gestão da atual maioria?

R – Os resultados estão à vista. O despovoamento tem atingido níveis preocupantes a cada ano que passa, com um decréscimo na qualidade de vida nas várias áreas. O prosperar da economia, o emprego e o empreendedorismo não têm encontrado neste executivo o investimento necessário para podermos fixar pessoas, a par de uma fraca e inadequada promoção turística do nosso potencial diferenciador e a fraca existência da luta tão necessária para a execução das acessibilidades mais urgentes e estratégicas. O nosso hospital necessita de novas parcerias e de um pugnar por mais meios em cuidados de saúde primários e de uma maior e mais eficiente assistência à população.

P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – É a falta de oportunidades de emprego, que é elevada, o que se tem traduzido numa emigração e migração interna alarmantes. Mas para que o nosso concelho aumente o seu potencial atrativo, o executivo tem de sair da redoma onde se encontra e ir em busca de oportunidades. Temos passado ao lado de médios e grandes investimentos no turismo, nos recursos endógenos e nas novas tecnologias por causa do desinvestimento na promoção de Seia e pela falta de incentivos adequados e apelativos aos empresários.

P – E o seu principal projeto?

R – É urgente que o município crie oportunidades iguais e efetivas de realização pessoal e profissional, promovendo a captação do potencial jovem existente no concelho. Assim como é urgente ir ao encontro do potencial emigrado, promovendo o seu retorno ao concelho, pois encerra em si uma grande mais-valia para o desenvolvimento de Seia. Especial atenção deve ser igualmente dada ao emprego sénior e à precarização do emprego, realidade assumida como política recorrente do atual executivo.

Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:

1ª Fabíola Figueiredo

2ª Maria Manuela Ascensão

3º António Saraiva

4ª Maria de Lurdes Batista

5ª Sónia Martins

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Manuel Borges (CDS)

P – Como avalia a gestão da atual maioria?

R – Negativa.

P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?

R – Mais emprego, mais investimento e mais qualidade de vida.

P – E o seu principal projeto?

R – Túnel Seia/Covilhã – respetivas acessibilidades (IC’S). Mais propostas: Túnel e teleféricos; Estrada Zona Industrial Seia – Aeródromo; Construção de Novo Hospital Regional (EN17) para servir Seia, Oliveira do Hospital, Gouveia, Nelas e Fornos de Algodres; Varanda/Estrada pedonal e ciclovia entre Eirô e Valezim; Fábrica de Água Potável (Monte Santo Estevão); Fábrica de Águas Residuais, para abastecimento de aeronaves de combate a incêndios; Fábrica de resíduos sólidos; Piscina municipal em parceria com os bombeiros, de modo a fornecer formação de mergulho, dando assim melhor e maior assistência às praias fluviais do concelho; Proteção civil, com mais saúde e higiene e segurança, com lavagem de ruas da cidade e freguesias, desobstrução de caixas de águas pluviais, desratização.

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NR: Os candidatos ausentes deste trabalho não responderam em tempo útil às questões colocados por O INTERIOR.

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