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SEF adia greve às horas extraordinárias

Acção para exigir pagamento daquele período vai começar a 1 de Maio

Os inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) adiaram por 15 dias o início da greve às horas extraordinárias para darem tempo ao ministro da Administração Interna para resolver o problema. O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIFSEF), Gonçalo Rodrigues, adiantou à agência Lusa que os inspectores tinham marcado para hoje o início de uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado, mas resolveram adiar a data para 1 de Maio para permitir a resolução do conflito que os opõe ao Governo. O dirigente disse que o pré-aviso do novo período de greve será entregue esta quinta-feira, acrescentando que o que levou os inspectores a dar este período de 15 dias foi o ministro Figueiredo Lopes ter afirmado publicamente que estava convencido da possibilidade de um acordo.

Segundo Gonçalo Rodrigues, a greve será por «tempo indeterminado», mantendo-se até que o Governo comece a pagar as horas extraordinárias, conforme está consagrado na lei. «O senhor ministro já inverteu o discurso. A primeira versão era a de que haveria uma requisição civil, agora já admite que pretende resolver a situação. O discurso agora é o adequado, vamos ver se resolve ou não», afirmou o sindicalista. No entanto, garantiu que se o pagamento das horas extraordinárias em atraso, uma verba que atinge os 2,5 milhões de euros, não for feito, os investigadores farão «uma greve total» de uma semana em Junho. Apesar de não haver ainda uma data definida para essa semana de greve em Junho, altura do Euro 2004, Gonçalo Rodrigues adiantou que alguns dos dias coincidirão com jogos da Inglaterra, país que não é subscritor dos acordos de Schengen, pelo que os seus cidadãos têm de ser obrigatoriamente controlados pelo SEF ao entrarem em Portugal.

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