A Escola Secundária Afonso de Albuquerque, na Guarda, vai ser totalmente remodelada já a partir de Maio, ao abrigo da segunda fase do Programa de Modernização do Parque Escolar. O projecto contempla a construção de um polidesportivo, uma infraestrutura há muito ansiada pelo estabelecimento de ensino. A intervenção prevê alterações profundas ao nível de todo o edifícado e três espaços novos a construir de raiz, num total de área coberta de mais de 3.500 metros quadrados.
A remodelação, orçada em pouco mais de 9,6 milhões de euros, deverá estar concluída durante o último trimestre do próximo ano, sendo que a Afonso de Albuquerque é a única do distrito a ser contemplada por este programa iniciado pelo Governo no ano passado. «Todo o edifício que conhecemos hoje vai abaixo, só ficam as placas e as colunas», adianta o presidente do conselho executivo. António Soares refere que a empreitada vai deslocalizar quase todos os espaços, com excepção da cozinha, refeitório e a área que fica por cima do ginásio. Todas as outras valências, como salas de aulas, laboratórios, oficinas, bares ou serviços administrativos vão ter uma nova localização dentro do espaço escolar, prevendo o projecto a criação de várias ligações entre as diferentes alas. De entre as diferentes vertentes do projecto, António Soares destaca a construção do polidesportivo, que ocupará uma área de mais de dois mil metros quadrados e ficará localizado nas traseiras da escola.
«Vamos conseguir resolver, finalmente, o problema que existe com a disciplina de Educação Física, visto que até aqui tínhamos que alugar o pavilhão do Inatel ou o do Estádio Municipal», explica o professor. Segundo o presidente do conselho executivo, os outros novos espaços estão projectados para a zona onde actualmente se encontra o parque de estacionamento. Parte desta área vai ser ocupada com um edifício de dois pisos que albergará o átrio principal da escola e uma sala de exposições. «Além disso, vamos ganhar um grande auditório com capacidade para 150 pessoas», acrescenta aquele responsável, para quem o projecto vai acima de tudo «tornar a escola mais funcional». Apesar das obras arrancarem em Maio, a intervenção não deverá afectar o normal funcionamento das aulas durante este ano lectivo, visto que a primeira fase contempla a construção do polidesportivo.
Alugar instalações
Já no início do próximo deverão começar por ser intervencionados os edifícios existentes, com excepção do bloco que se estende ao longo da Rua Comandante Salvador do Nascimento, onde funcionarão temporariamente as aulas e para onde serão transferidos todos os serviços. António Soares admite que as instalações não serão suficientes para albergar todas as turmas e que 16 delas não terão ali espaço, pelo que estão a ser ponderadas duas soluções alternativas para apresentar à Parque Escolar EPE – entidade responsável pelo planeamento, gestão e desenvolvimento do processo de modernização das instalações das escolas secundárias. Em cima da mesa está para já o recurso a contentores, com 50 metros quadrados cada, ou o aluguer de instalações, próximas da escola. «Pessoalmente, prefiro a segunda hipótese», refere António Soares, até porque «o estaleiro das obras não deverá deixar grande espaço para que se possam colocar contentores». Por isso, já estão a decorrer negociações com vista ao aluguer de instalações, cuja localização não quis adiantar. A Escola Secundária Afonso de Albuquerque foi construída há cerca de 40 anos. Actualmente, é frequentada por 850 alunos durante o dia, 60 em regime nocturno e 350 no âmbito do programa Novas Oportunidades. O corpo docente é constituído por 134 elementos.
