Se eu fosse o Aladino imaginava as mäos esfregando minha lampada e sonhava com as de uma copa D onde me enroscaria transformado em Lulu… eu fazia um polvo para me ajudar no bloco operatório, criava um carro que voasse as serras do Maräo, deixava o mundo perplexo ao sair de pijamas que passavam a ser roupa e convertia a ganga em cactos para ver todos vestir diferente. Se eu fosse o Aladino detestava cumprir desejos que näo fossem os meus, detestava que me esfregassem a pedir coisas aberrantes e safadezas como dinheiro gajas e vitórias do Benfica. Eu como Aladino criava desejos /surpresas tontas. Imaginava árvores com chuveiros para fugirem dos incendios, criava alergias e borbulhas imensas nos ditadores, arranjava narizes de pinóquio a todos os políticos, distribuía biquinis nas praias árabes, mostrava os outros planetas habitados para termos um vislumbre, criava novas formas de existencia para irmos imaginamdo novas culturas. Se fosse Aladino o cäo na copa estava sempre excitado, como se aquele espaço fosse um pecado. Viveria com o ozono todo e os ultra violetas que bem precisamos, mas morreríamos numa data fixa so para ir ganhando a cultura da despedida. E o amor? sem ciúme? sem paixäo? Fiel? Pois nem sim nem näo que näo saberia fazer melhor do que está. Confuso, diletante, destemperado, imprevisível. Aladino ou näo aqui esfregaria as mäos: para as lavar do que viria depois.
Por: Diogo Cabrita
