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São Miguel da Guarda comemorou um quarto de século

Abílio Curto considerou que a freguesia é «a mola impulsionadora» do desenvolvimento da cidade

Música, champanhe, homenagens e Abílio Curto marcaram o quarto de século da freguesia urbana de São Miguel da Guarda, comemorado na segunda-feira. O antigo presidente da Câmara foi um dos obreiros da sua criação a 4 de Outubro de 1985, a par de Vasco Gaspar, Américo Marques, Álvaro Foitinho, José Monteiro e Raul Matias.

Assinalando o facto da sua primeira intervenção pública nos últimos 15 anos acontecer numa Junta «que não é do PS», Abílio Curto recordou o processo de criação da freguesia mais jovem da cidade, que disse ser também «a mola impulsionadora» do desenvolvimento da Guarda. «Criámos as condições para aqui se viver bem e, hoje, São Miguel é parte integrante da cidade. Por cá trabalham muitos guardenses, que também aqui fazem compras e descontraem no parque urbano», constatou, admitindo, no entanto, que terá chegado a altura de actualizar o mapa municipal português. «Há vantagem em reduzir concelhos e freguesias, agrupando os mais pequenos», disse o histórico ex-autarca e deputado pelo círculo da Guarda nas décadas de 80 e 90. Um passado que o Governador Civil e o actual presidente da Câmara na escamotearam. Santinho Pacheco elogiou mesmo a sua «visão estratégica» e o político «lendário» no seio do PS e dos autarcas. Quanto à freguesia, sublinhou que demonstrou «desde cedo o seu dinamismo, sempre ligado à cidade».

Por sua vez, Joaquim Valente, cujo local de trabalho enquanto engenheiro civil está na freguesia [na Refer], começou por dizer que se sente um cidadão de São Miguel. E elogiou a sua «gente empreendedora», que contribuiu «de forma decisiva» para a economia da cidade. O autarca disse depois que foi aqui que a Câmara «mais investiu» nos últimos anos, pois «a coesão urbana é muito importante para termos uma cidade forte». Antes dos convidados, o presidente da Assembleia de Freguesia considerou ser esta a parte do concelho que gera, «porventura, mais produtividade». Contudo, Peres de Almeida reclamou «mais serviços e condições» para a instalação de empresas, enquanto João Prata, presidente da Junta há três mandatos, manifestou preocupação pelo impacto social e económico que vai ter o fecho da Delphi. «A situação é grave, mas não devemos ficar de braços caídos. Oxalá tenhamos alternativas», declarou.

O edil aproveitou a cerimónia para anunciar que próximo orçamento da Junta vai ser parcialmente elaborado pelas crianças e os idosos de São Miguel. «Vamos ouvir estes cidadãos para saber onde querem que gastemos uma verba de cerca de dois mil euros», revelou. A noite ficou completa com uma homenagem aos elementos do primeiro executivo da Junta, à qual se seguiu uma conferência sobre a República por Dulce Helena Borges, directora do Museu da Guarda. Nos últimos censos de 2001, São Miguel foi a freguesia que mais cresceu no concelho em termos populacionais, registando na altura mais de 7 mil residentes. Desde 1985 teve apenas três presidentes de Junta: Américo Marques, Grilo dos Santos e João Prata.

Luis Martins Junta homenageou primeiro executivo através de familiares e dos elementos ainda vivos

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