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Santinho Pacheco promoveu jantar de despedida com jornalistas

Conselho de Ministros aprovou exoneração dos governadores civis na última segunda-feira

Santinho Pacheco, que nos últimos 19 meses, foi Governador Civil da Guarda promoveu na passada segunda-feira um jantar de despedida com alguns dos jornalistas do distrito com que trabalhou regularmente, precisamente no dia em que o Conselho de Ministros aprovou a exoneração dos governadores civis.

Santinho Pacheco referiu que «não podia encontrar melhores testemunhas» para o que confessou serem «os 19 meses mais felizes da minha vida como político». Sustentou que «a extinção» do cargo «não é possível», daí que o Governo vá proceder a um «esvaziamento de funções» num serviço que «não representava grades custos», exemplificando que no início deste ano o Governo Civil da Guarda devolveu 600 mil euros para o Orçamento de Estado. Criticou o «erro» cometido pelo novo executivo no âmbito de uma reforma administrativa que «vai deixar grande parte do território ao abandono», já que «quanto menos vozes houver para defender esta região pior será». Falou também do «trabalho de bastidores» que por vezes efetuou, exemplificando com a «tentativa de encerramento dos SAP’s [Serviços de Atendimento Permanente] em muitos concelhos do distrito». Reforçou que o Governo Civil «desempenhava um papel absolutamente fundamental particularmente nos distritos do interior do país», acalentando esperança de que «se reconheça que foi um erro e que se volte atrás». Aos jornalistas deixou um “recado”: «Com o desaparecimento do Governo Civil ganham uma nova responsabilidade e um novo protagonismo», sublinhou.

No final do Conselho de Ministros, o novo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, explicou que as atribuições dos governadores civis serão redistribuídas por estruturas da administração central, após aprovada a legislação competente. Apesar desta ser uma «decisão política» do governo, o cargo de governador civil só será eliminado após uma revisão constitucional. «Quando for tempo disso os dois partidos materializados do acordo de sustentação do governo [PSD e CDS] darão expressão a essa vontade de fazer cessar na Constituição esse cargo», afirmou Miguel Macedo.

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