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Sanções «mais gravosas» para quem conduzir alcoolizado

Defende Carlos Barbosa, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, que pede também exames de condução mais rigorosos

O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) considera que o ensino da condução em Portugal é desastroso e defende exames mais rigorosos e sanções mais gravosas para quem conduzir alcoolizado.

«Hoje em dia os exames de condução são muito permissivos e os conteúdos estão desadequados do mundo real. As pessoas vão para a escola de condução não para aprender a conduzir, mas para tirar a carta, fazendo depois a sua aprendizagem nas estradas», criticou Carlos Barbosa, defendendo exames mais rigorosos e maior fiscalização às escolas de condução. O responsável, que também é presidente do Automóvel Clube Portugal(ACP), falava à margem da conferência “Jovens 18-24 anos e sinistralidade rodoviária”, que decorreu durante dois dias, em Lisboa, onde defendeu ainda «sanções mais gravosas» para quem conduz com excesso de álcool no sangue, nomeadamente através do alargamento dos prazos de inibição de conduzir.

«Não faz sentido que uma pessoa se meta num carro bêbedo, sabendo que o está, e vá para as estradas podendo matar alguém. Penso que as multas já não resolvem o problema, porque há pessoas ricas que as podem pagar, enquanto a inibição de conduzir já faz as pessoas pensarem duas vezes», considerou. Presente na conferência esteve também o secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, que reconheceu existir «ainda muito trabalho» a fazer em matéria de prevenção da sinistralidade rodoviária, apontando, no entanto, uma «evolução positiva» nos números de acidentes nas estradas. «Há anos os números eram muito piores. Felizmente, tem havido um decréscimo no número de acidentes e de mortes nas estradas. Isso não significa que estejamos satisfeitos, porque ainda continuam a morrer pessoas. Temos consciência que ainda há um longo caminho a percorrer», sublinhou.

Sanções «mais gravosas» para quem conduzir
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