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Salários em atraso na Associação Cristã da Mocidade

Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços de Portugal (CESP) denuncia salários em atraso há três meses

A Associação Cristã da Mocidade (ACM) da Beira Interior volta a passar por dias difíceis. Depois dos pais dos formandos terem reclamado no ano passado pelo atraso de um ano no pagamento das bolsas, agora é a vez do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) acusar a associação de ter uma «dívida de milhares de euros» aos seus trabalhadores por salários em atraso relativos a Fevereiro, Março e Abril.

Apesar de não poder precisar números de quantos trabalhadores estão envolvidos, nem o montante em dívida, António Pinto, presidente do CESP, afirma haver «salários em atrasos há três meses». De resto, espera que a reunião entre a direcção e os trabalhadores [que se realizou ontem, após o fecho desta edição] permita «esclarecer» a situação. «É já um passo», afirma, lembrando que a direcção não «deu qualquer explicação para manter os salários em atraso e, noutros casos, passou cheques sem cobertura», acusa. O sindicato critica ainda o facto do posto de abastecimento, considerado «”a galinha dos ovos de ouro”» quando abriu no Verão passado, estar sem combustível «há dois meses».

Apesar de reconhecer que a ACM está a passar um «momento difícil», Joaquim Gaspar nega as acusações do sindicato. «Neste momento não há salários em atraso. É uma acusação infundada», garante o presidente da direcção.

«O único vencimento por pagar é do mês de Abril, mas está dentro dos prazos e iremos pagá-lo esta semana», acrescenta, adiantando que o problema reside no atraso das verbas da Segurança Social para comparticipar o Lar Residencial e o Centro de Área Ocupacional). Quanto ao posto de combustível, Joaquim Gaspar reconhece que «não teve o resultado esperado», mas está convicto de que a situação irá resolver-se brevemente, pois há um novo acordo com a empresa. Para além dos trabalhadores, os formandos estão também com as bolsas em atraso. «Desde Abril de 2004 que o IEFP não envia nenhuma verba e estamos a tentar resolver o problema», explica, garantindo que a ACM «vai cumprir os seus compromissos até 30 de Junho, independentemente do IEFP pagar ou não».

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