Alfredo Nobre (CDS)
P – Como avalia a gestão da atual maioria?
R – Essa avaliação será feita pelos munícipes. Esta candidatura representa o desejo de romper com um modo de fazer política que se baseie exclusivamente na crítica simples sobre a atuação de quem tem estado à frente dos destinos do concelho. Para nós isso não basta e achamos mesmo que isso não tem ajudado em nada ao desenvolvimento do Sabugal. O concelho necessita mais de propostas concretas para resolvermos, em conjunto, os problemas que nos afetam do que de uma simples guerra de claques entre forças políticas. É por isso que acreditamos que o nosso projeto é sem dúvida o que mais interessa ao concelho do Sabugal.
P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?
R – Infelizmente as carências são muitas. Contudo, a nossa maior preocupação foca-se sobre a qualidade de vida dos sabugalenses. No fundo acreditamos que um maior e mais eficaz investimento nas pessoas pode ser a chave para o desenvolvimento do Sabugal. É por isso que as nossas principais propostas têm todas em comum a melhoria das condições de vida dos habitantes do concelho.
P – E o seu principal projeto?
R – O maior desafio é o de ajustar o investimento com as capacidades em recursos físicos e humanos de que o concelho dispõe. Seria demasiado simples reduzir isto a uma só bandeira, a um só projeto. A nossa candidatura quer fazer mais e ir mais além. Temos por objetivo defender todos sem atacar ninguém! Portanto não podemos ter em conta apenas um projeto, uma linha de ação. É por isso que nos comprometemos a defender doze mil projetos, tantos quantos os habitantes do concelho, segundo os dados dos Censos de 2011.
Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:
1º Alfredo Nobre
2º Carlos Barata
3ª Jéssica Cabral
4º Carlos Firmino
5º Carlos Silva
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Flávio Silva (CDU)
P – Como avalia a gestão da atual maioria?
R – Em décadas no poder, tanto a nível central como local, o PSD é o maior responsável pelo retrocesso do interior do país. No Sabugal, o (re)candidato deste partido, em 8 anos que leva de presidência, não quis afrontar o poder central e, na gestão da Câmara, não foi capaz de inverter a tendência de despovoamento, desertificação e abandono que se verifica. Todos os indicadores pioraram. Decresceu o número de habitantes, de eleitores e jovens; retrocedeu a actividade económica e acentuou-se o abandono das terras; agravou-se o isolamento e nada fez para lutar contra as portagens na A23 e o encerramento da linha da Beira Baixa e foi incapaz de concretizar a ligação da A23 à raia. Não soube valorizar o riquìssimo património natural, histórico e cultural; reduziu o apoio à cultura e desporto para metade da média nacional. O balanço global é extremamente negativo e seria surpreendente que os eleitores não decidissem seguir por um caminho alternativo a 1 de outubro.
P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?
R – Desenvolvimento económico que permita melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas residentes e motive os jovens e menos jovens, que cá estão, a permanecerem e outros a regressar ou fixarem-se no concelho.
P – E o seu principal projeto?
R – Reclamação de políticas ao nível do poder central, complementadas com o apoio do município e na medida dos recursos de que dispõe, que incentivem o investimento nas actividades agropecuária e agroindustrial e permitam o aproveitamento dos recursos agrícolas que, fruto da inépcia do actual executivo camarário, foram sendo votados ao abandono.
Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:
1º Flávio Silva
2º Rui Chamusco
3ª Sónia Nunes
4º João Manata
5º Jerónimo Fernandes
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António Robalo (PSD)
P – Qual é a marca deste mandato?
R – Não creio na fatalidade de ter que haver para cada mandato uma marca. Tenho um histórico de trabalho de 20 anos no concelho, como vereador e como presidente, e carrego um legado com muitas marcas. No último mandato, e com as dificuldades de financiamento das autarquias, tivemos como prioridade a dinamização da economia local através de obras de proximidade; planeámos e projetámos o novo quadro comunitário de apoio, procurámos afincadamente novas dinâmicas empresariais e promovemos a marca Sabugal numa rede de eventos assente na identidade e patrimónios locais.
P – E o seu principal projeto se for reeleito?
R – A minha aposta é na concertação de uma estratégia que valorize o concelho em todas as suas dimensões, dinamize a economia e empregabilidade e mobilize vontades. Não escondo, no entanto, que gostaria de poder desenvolver um projeto de referência nacional, alusivo aos fenómenos migratórios e relações de fronteira.
P – Como vai resolver a principal carência do concelho?
R – A principal carência identificada é a falta de gente, gente geradora de dinâmicas sociais que permitam a construção de uma sociedade equilibrada na exploração dos recursos do concelho e com padrões elevados de qualidade de vida. Proponho então um conjunto de medidas/desafios desenvolvidos em cinco áreas de intervenção: 1) Melhorar a vida das pessoas; 2) Criar economia e emprego; 3) Valorizar os recursos; 4) Qualificar o Concelho; 5) Governar bem e afirmar o Concelho.
Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:
1º António Robalo
2º Vítor Proença
3ª Sílvia Nabais
4º Amadeu Neves Paula
5º Jorge Manuel Dias
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António Dionísio (PS)
P – Como avalia a gestão da atual maioria?
R – É uma avaliação muito negativa. Anos e anos de maioria absoluta tornaram esta maioria num obstáculo ao progresso e ao desenvolvimento do concelho. Há oito anos não existiu maioria absoluta e os vereadores do PS e o independente Joaquim Ricardo conseguiram impor uma forma diferente de gerir o município, traduzida em decisões como a elaboração do Plano Estratégico. Mas a atual gestão foi à vista, incapaz de pôr em prática os projetos fundamentais que constam deste Plano e de desenvolver atempadamente outro tipo de projetos prometidos em campanha ou incluídos nos Orçamentos anuais e, sucessivamente, adiados. A 31 de agosto deste ano, o Sabugal era o único concelho da região Centro sem um único investimento aprovado no Plano Operacional Regional POR Centro. A esta falta de estratégia tem de se juntar uma forma de gerir o município que roça a falta de democracia, jogando com os Orçamentos de forma a perpetuar-se no poder. Esta gestão adiada e falhada conduziu o Sabugal a uma situação de pré-falência.
P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?
R – O concelho necessita, antes de mais, de mudar de protagonistas! Com os atuais dirigentes, recauchutados ou não, não tem futuro. Estamos carentes de uma agricultura moderna e competitiva; estamos carentes de um setor económico competitivo e inovador; estamos carentes de um setor turístico que transforme o Sabugal num destino natural; e estamos carentes de um Concelho mais coeso do ponto de vista social e territorial.
P – E o seu principal projeto?
R – É ultrapassar as situações de carência nos quatro pilares que defini como fundamentais para mudar o concelho: agricultura, atividade económica, turismo e a coesão social e territorial. O meu programa apresenta um conjunto de propostas para cada um desses pilares, todas elas prioritárias para a transformação do Sabugal. A situação a que chegámos não nos permite saltitar de projeto em projeto, para ficar bem na fotografia. Só uma atuação concertada, em cada um dos setores e com as pessoas e as suas organizações, permitirá concretizar a mudança necessária.
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NR: Os candidatos ausentes deste trabalho não responderam em tempo útil às questões colocados por O INTERIOR.