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Rui Rio quer revitalizar PSD

Mais de três centenas de apoiantes, entre notáveis e militantes anónimos, foram ouvir candidato à liderança do partido no NERGA

Sete dias depois de Santana Lopes ter estado em Pinhel, Rui Rio veio à Guarda apresentar os seus projetos para o partido. No passado domingo, num muito concorrido encontro com apoiantes no NERGA, a que os jornalistas não puderam assistir na íntegra, o candidato à liderança do PSD veio apresentar um autêntico programa de governo e assumir que quer ser líder dos sociais-democratas para «ser líder de Portugal».

O antigo presidente da Câmara do Porto definiu cinco «grandes estrangulamentos» que o país precisa de resolver para se desenvolver, como a «melhoria da competitividade da economia» e a existência de «coesão social e territorial». Rui Rio defendeu também a necessidade de reformas estruturais na Segurança Social, Justiça, Educação e política florestal,bem como do sistema político, que só se fazem com «acordos estruturais» ao nível parlamentar, mas também a revitalização do PSD porque «nada disto pode ser feito se não tivermos um partido forte». Nesse sentido, o candidato a líder afirmou que «não somos um partido de esquerda e também não somos um partido de direita. Estamos no centro», considerando que a atual «solução de Governo» não tem condições para «fazer as reformas de que o país precisa», pois «só governa para o presente».

Rui Rio disse-se ainda preocupado com o facto da representatividade parlamentar e autárquica do PSD estar «a minguar» nos últimos anos e considerou que é «tempo de agir» – o seu slogan –: «Estamos a tempo mas não temos o tempo todo para evitar que estes resultados tão fracos se repitam nas próximas eleições», alertou. Perante mais de três centenas de apoiantes, entre notáveis e militantes anónimos, o candidato considerou também que o regime democrático «está doente, desgastado, e tem de ser tratado», uma tarefa que cabe ao PSD. Antes, o presidente da Distrital da Guarda lembrou que nestas eleições os sociais-democratas vão escolher entre «dois estilos, duas personalidades e dois projetos» e declarou que o «poder da palavra nunca vencerá o poder da ação que este homem [Rui Rio] tem».

Para Carlos Peixoto,Pedro Santana Lopes é uma «solução que já foi testada, com os resultados que teve», enquanto Rui Rio protagoniza «um projeto novo» e é o «homem certo». Além do mais porque tem «dentro dele a preocupação com o equilíbrio territorial do país, a descentralização e o combate à macrocefalia de Lisboa», lembrou também o dirigente guardense. Estas foram as únicas intervenções a que os jornalistas puderam assistir, tendo saído da sala no período do debate. O sucessor de Passos Coelho, no cargo desde 2010 e que não se recandidata, será escolhido a 13 de janeiro em eleições diretas.

Luis Martins Rui Rio está preocupado com o facto da representatividade parlamentar e autárquica do PSD estar «a minguar»

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