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Rock progressivo voltou a Gouveia

“10 Anos, 10 Concertos” do Gouveia Art Rock animaram a cidade durante o fim-de-semana

Gouveia voltou a transformar-se, no passado fim-de-semana, numa das capitais mundiais do rock progressivo com a realização do Gouveia Art Rock. O prestigiado festival, único no país e considerado um dos mais conceituados em todo o mundo neste género musical, “comemorou” este ano o décimo aniversário, enchendo ao longo dos três dias o Teatro-Cine local.

Esta edição, cujo lema foi “10 anos, 10 concertos”, arrancou na noite de sexta-feira com atuações as bandas Lazuli (França) e Curved Air (Inglaterra). No sábado, atuaram A Presença das Formigas (Portugal), Änglagård (Suécia), Calomito (Itália) e Univers Zero (Bélgica), enquanto o cartaz do último dia incluiu Shylock (França), Patrício Fariselli (Itália), The Strawbs (Inglaterra) e os holandeses Focus. Como habitualmente, decorreram também atividades paralelas, como a feira do disco, cartaz, memorabilia e merchandising, ao longo dos três dias do festival. Ainda nesse âmbito, a Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira acolheu na manhã de domingo um debate subordinado ao tema “Escrever sobre o Progressivo”, que contou com a participação de Sid Smith, jornalista e crítico inglês, e de Thomas Olsson, musicólogo e professor da Universidade de Lund (Suécia).

Eduardo Mota, diretor artístico do GAR, faz um balanço «francamente positivo» desta décima edição. «Tivemos concertos de alto nível», referiu, salientando a «boa adesão» do público, que esgotou a lotação da sala em todos os concertos. «Estiveram aqui largas centenas de pessoas, das mais variadas proveniências, desde Espanha, França e Inglaterra, até de Israel e do Japão, passando pela Suécia, Noruega e Alemanha», acrescentou. Quanto à continuidade deste festival, «é algo que depende do município, que apoia financeira e logisticamente», mas Eduardo Mota mostra-se otimista, porque «tem um grande retorno para a economia local». «Nos dias do festival, os estabelecimentos hoteleiros e de restauração estão sempre cheios», disse.

O GAR baseia-se no rock progressivo (também abreviado para prog rock ou simplesmente prog), um estilo com influências da música clássica e do jazz que surgiu no final da década de 60 em Inglaterra e se tornou muito popular na década seguinte, contando ainda hoje com muitos adeptos. Em Gouveia já atou uma panóplia respeitável de conceituadas bandas e músicos do panorama do rock progressivo das décadas de 70, 80, 90 e da atualidade, conjugando nos seus cartazes a antiguidade com a novidade. Desde a primeira edição, em 2003, já passaram pelo palco do GAR intérpretes como David Myers, Van Der Graaf Generator, Robert Fripp e Steve Hackett, ex-guitarrista dos Genesis, entre outros.

Fábio Gomes Os holandeses Focus regressaram a Gouveia para fechar edição deste ano

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