Arquivo

Robotica

Mitocôndrias e Quasares

No passado mês de Fevereiro a NASA e a General Motors apresentaram o Robonaut2 – ou R2, um up-grade do Robonaut original, criado para viagens espaciais. Este primeiro robot foi construído há 10 anos e, de lá para cá, muita coisa mudou, ao ponto de nesta nova versão do Robonaut os engenheiros e cientistas da NASA e GM trabalharam na construção do novo robot humanóide capaz de trabalhar lado-a-lado com pessoas.

Mas será que a ficção científica se irá tornar realidade e o R2 irá rivalizar com o ser humano?

A palavra robot deriva da palavra checa “robotnik”, que significa servo. Mas muito antes de o escritor checo Karel Capek a utilizar pela primeira vez em 1923 já se tinham construído muitos autómatos, que são os antepassados dos robots. No século II a.C., Hero de Alexandria construir aves mecânicas que podiam voar. O famoso leão animado concebido por Leonardo da Vinci é um dos autómatos que se construíram no Renascimento para distracção da corte ou para exibição nas feiras populares.

A robótica ganhou um grande impulso com o aparecimento do microprocessador, em meados dos anos 70. Desde então, o crescimento da robótica não parou, oferecendo actualmente possibilidades que só os autores de ficção científica tinham imaginado. Os robots são os substitutos dos seres humanos em trabalhos que se realizem em ambientes hostis, em ambientes perigosos e nos trabalhos cansativos, monótonos ou repetitivos como as cadeias de montagem ou o controlo de qualidade.

Olhando um pouco para a composição de um robot podemos dividi-lo em três partes fundamentais: os elementos mecânicos, o sistema de controlo e os sensores. É através destes sensores que se procura alcançar as características dos seres humanos.

Os robots mais avançados podem obter informações do seu ambiente por si mesmos e enviá-las automaticamente ao computador, dado que dispõem de complexos sistemas de visão, de som e diversos sensores de temperatura e visão. Estes sistemas tentam imitar os nossos sentidos do tacto, da visão e do olfacto. Os mais recentes robots dispõem de sistemas de síntese de voz de forma que podemos comunicarmos com eles utilizando uma linguagem falada sem necessidade de complicadas linguagens de programação.

Este robot apresentado agora pela NASA e pela GM é mais rápido, mais habilidoso e tem controles, sensores e visão mais avançados que a geração anterior. Este facto permite que se adaptem melhor ao nosso mundo, conseguindo mover-se melhor, carregar e controlar objectos e, assim, auxiliar pessoas em diversas situações. Os dedos humanóide, que a bem da verdade apenas tem torso e membros superiores apresenta, estão conectados por materiais que imitam os tendões humanos e permitem executar movimentos similares – ainda que mais limitados – aos seres humanos.

Contudo apesar de imitar os movimentos dos humanos dificilmente irão superar os próprios criadores… pelo menos nas próximas gerações!!!

Por: António Costa

Fotografia do Robot Humanoide Robonaut2. imagem retirada de http://www.msnbc.msn.cid/35222577/ns/technology_and_science-innovation/

Robotica

Sobre o autor

Leave a Reply