Num encontro de aflitos, o Sátão recebeu e empatou a uma bola com o Fornos de Algodres, penúltimo da tabela. As duas equipas vizinhas estavam apenas separadas por dois pontos, prevendo-se assim um jogo emocionante já que o derrotado ficaria mais longe da manutenção.
A equipa da casa, melhor adaptada ao novíssimo relvado sintético, começou melhor, tentando empurrar o Fornos para a sua defensiva. Uma das armas de peso do Sátão eram os arremessos de linha lateral, como aos 8’, quando Élio colocou a bola na cabeça de Gil, que assistiu para a zona central onde surgiu Bruno, sem qualquer marcação, a rematar forte para a baliza de Inácio e a abrir o marcador. Quanto aos forasteiros, através de Paulo Silva e Faneca I, tentaram empurrar o Sátão e contornar o seu bloco defensivo. Neste sentido, o guarda-redes Zé Luís esteve muito activo durante toda a partida, evitando muitas vezes que a sua baliza fosse violada. Foi quase sempre o Fornos que esteve à procura do golo do empate, mas por várias vezes falhou na finalização.
Após o intervalo, os pupilos de José Carlos Afonso surgiram mais espevitados e, logo nos minutos iniciais, Santos rematou forte mas Guilho salvou em cima da linha de golo. O Fornos intensificou cada vez mais a pressão e Ima serviu Cédric que rematou forte, obrigando Zé Luís a aplicar-se a fundo. Pouco depois foi Vitinha quem cabeceou em voo de peixe para a baliza e obrigou novamente Zé Luís a defesa aplicadíssima. Quanto ao Sátão, só defendeu, com destaque para a brilhante exibição do seu guardião. Até que aos 63’, após uma jogada no lado direito de Bártolo, surgiu o cruzamento para a área, com Lote a cabecear de forma magnífica para o fundo da baliza do Sátão restabelecendo a igualdade. A dança de substituições continuou, mas foi o Fornos que continuou a dominar até o fim. O empate acaba por ser certo, mas os homens de José Carlos Afonso dominaram a nível de oportunidades. Quanto ao árbitro Bruno Rodrigues, não comprometeu.
João Ferreira
