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Resiestrela reduz custos com novo pavilhão na Guarda

Empresa multimunicipal de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos deverá baixar em 1,5 euros a tarifa cobrada este ano aos municípios da região

A Resiestrela inaugurou anteontem um pavilhão de armazenamento de resíduos na estação de transferência da Guarda que permite obter ganhos de eficiência e reduzir custos de transporte.

Com cerca de 800 metros quadrados de área coberta, a infraestrutura resulta de um investimento de cerca de 200 mil euros e permitirá «o reforço da capacidade logística» de triagem e compactação do sistema multimunicipal de recolha de resíduos sólidos urbanos (RSU) na Beira Interior Norte, cuja principal unidade se situa na Guarda. Segundo a Resiestrela, o pavilhão vai permitir aumentar a eficiência da recolha e armazenamento temporário de RSU, melhorar as condições da sua valorização e a qualidade final do composto produzido na estação de transferência da Guarda, que é o principal centro gerador de resíduos da Beira Interior Norte. «Trata-se de um investimento extremamente importante para a Resiestrela, pois com a sua abertura diminui-se a necessidade de transporte de resíduos para a central do Fundão e, consequentemente, os custos inerentes, gerando-se uma economia de escala para a empresa», disse Carlos Pais.

O administrador explicitou que o pavilhão permite armazenar grande quantidade de papel e cartão, que é compactado no local, assim como plástico duro, vidro e madeira, bem como eletrodomésticos, material elétrico e eletrónico e colchões. Grande parte destes resíduos são provenientes do ecocentro situado nas imediações, mas também dos ecopontos espalhados pelos concelhos da Guarda que integram a Resiestrela. Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração sublinhou que o investimento justifica-se «inteiramente, porque tem dado bons resultados». Rui Nobre Gonçalves aludiu ao facto de ser agora possível recuperar valor de materiais que antes não era possível tratar no local, o que se traduz em «mais receitas para a empresa, mas com menores custos de transporte». Nesse sentido, o responsável revelou que o projeto é importante para a Resiestrela reduzir os custos cobrados aos seus clientes – as autarquias –, adiantando ter sido proposto ao regulador do setor o preço de 47 euros por tonelada de resíduos para este ano.

«Ainda estamos a aguardar luz verde para essa proposta, que representa menos 1,5 euros relativamente a 2011. Mas esperamos que esse valor possa baixar ainda mais para os utilizadores», acrescentou o presidente do CA. Presente na cerimónia, Joaquim Valente, presidente da Câmara da Guarda, destacou a «inovação e a componente de valor» que a Resiestrela tem implementado no sistema. A Resiestrela detém a concessão do Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha Seletiva, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso. Ou seja, serve atualmente uma população de 221.195 habitantes.

Luis Martins Unidade permite valorizar materiais como colchões e eletrodomésticos

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