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Requalificação urbanística vai avançar no Bairro da Fraternidade

Saída do último morador vai ditar reabilitação de um dos bairros mais degradados da Guarda

Os moradores do Bairro da Fraternidade vão ser brevemente transferidos para as novas habitações, o que vai permitir a implementação de um plano de requalificação naquele espaço com vista a melhorar uma das zonas mais degradadas da Guarda. Recorde-se que a maioria dos seus habitantes serão alojados nos edifícios na Guarda-Gare, depois de se proceder à escritura, que «está para breve», como assegurou Álvaro Guerreiro, vice-presidente da autarquia. Entretanto, o executivo deliberou indemnizar o construtor, uma compensação devida por ser necessária uma «actualização de valores e pelos problemas imprevistos, nomeadamente a adaptação de um andar para uso de um deficiente motor», acrescentou. Desta vez, o vice-presidente assevera que já há compromissos estabelecidos com os moradores, contudo, recusa-se a adiantar mais pormenores.

Assim sendo, e depois de concretizado todo o processo de realojamento, está prevista uma requalificação urbanística local, onde as antigas casas da Fraternidade irão ser substituídas por uma nova e moderna imagem. O plano tem vindo a ser estudado pelos técnicos da CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano no âmbito do Programa Operacional de Desenvolvimento e Valorização Urbana, coordenado por Jorge Gaspar, que chamou à intervenção “Guarda 800 +”. O objectivo é desenvolver uma área especial que consolide e contribua para a ideia de “Cidade da Saúde”, assim este espaço pode vir a completar um grande parque municipal a interligar com o vizinho Parque da Saúde. Nesse sentido, a intervenção naquela encosta está inserida numa estratégia de valorização e de complemento ao Polis e outros programas a implementar na Guarda. No caso do Bairro da Fraternidade, as mudanças irão abranger o parque de campismo, que vai sair da mata, estádio, as antigas piscinas e o actual parque municipal, servindo as duas associações de apoio social ali existentes (Augusto Gil e Cercig) como elementos de transição entre o espaço de lazer e a área vocacionada para a saúde. Propostas que deverão ser actualizadas num próximo encontro entre os responsáveis autárquicos e o arquitecto Jorge Gaspar, agendado para Maio.

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