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Rendas sociais baixam entre 20 a 30 por cento

Grande maioria dos inquilinos tem menos rendimentos, só há oito casos em que valor aumenta

A Câmara da Guarda aprovou na segunda-feira a actualização das rendas sociais, sendo que a grande maioria dos inquilinos vai pagar entre 20 a 30 por cento menos.

«Há apenas oito casos de arrendatários mais antigos em que valor aumenta brutalmente, de 50 para 100 euros por mês, por exemplo, pelo que foi criado um regime de excepção de forma a diluir esta subida nos próximos anos. Mesmo assim, prevê-se que alguns deles já tenham dificuldades em pagar o valor actual», adiantou Elsa Fernandes. A vereadora com o pelouro da Acção Social referiu que os inquilinos foram ouvidos previamente e que estas actualizações estão previstas na lei, «não são aumentos», tendo sido calculadas de acordo com as declarações de rendimentos dos visados. «As rendas vão descer para a grande maioria porque, infelizmente, as famílias em causa apresentaram agora rendimentos mais baixos», explicitou, lembrando que os valores cobrados actualmente vão dos 17 aos 190 euros.

No entanto, a responsável revelou que, apesar desta redução, a autarquia espera cobrar mais: «Há muito tempo que havia uma situação de não cobrança a que vamos pôr termo com planos de pagamento já acordados com as pessoas», disse. Elsa Fernandes confirmou ainda que continua a haver na Guarda «mais procura do que oferta» em termos de habitação social, prosseguindo a autarquia com o PROHABITA, o Programa de Financiamento para Acesso à Habitação. Nesta sessão, aberta ao público por ser a última do mês, uma pequena delegação de antigos trabalhadores da Delphi perguntou ao executivo o que está a ser feito relativamente à candidatura ao Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEAG), que poderá ajudar financeiramente os desempregados da multinacional de cablagens encerrada no final de Dezembro.

«Toda a ajuda que possa vir para estas pessoas é bem-vinda», sublinhou o ex-sindicalista José Ambrósio. Na resposta, Joaquim Valente adiantou que cabe ao Governo «desencadear o processo» e disse desconhecer «se já houve alguma acção efectiva». Prometeu, no entanto, «tentar saber mais», uma vez que, anteontem, esteve no Ministério do Trabalho e da Solidariedade. «Comunicar-vos-ei a informação que me derem», garantiu. Por sua vez, Rui Quinaz declarou que os trabalhadores «fazem muito bem em lutar por este apoio, pois é significativo».

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