A tradição da Páscoa continua a viver-se um pouco por toda a região, com diversas celebrações religiosas sobre o julgamento, paixão e morte de Jesus Cristo, mas também outras atividades culturais e até gastronómicas. A via-sacra percorre-se amanhã na Mêda, Pinhel e Vilar Maior (Sabugal), recriando os últimos momentos da vida de Cristo.
No concelho medense a celebração conta com a participação da catequese paroquial e dos escuteiros do agrupamento 1340, tendo início pelas 21 horas, no Patronato. Também Pinhel volta a ser palco da “Paixão e Morte de Jesus”, a partir das 21 horas, numa cerimónia que começa junto ao Convento de Santo António e percorre as ruas da cidade até ao Castelo, numa organização da Paróquia local, do grupo de jovens Falcões da Paz e da Câmara. Já em Vilar Maior a paixão de Cristo percorre, a partir das 21h30, as ruas da povoação, procurando recriar o ambiente da cidade de Jerusalém na data. A organização é da Unidade Pastoral do Planalto do Côa e da Santa Casa da Misericórdia local, desta vez sob a perspetiva de São Mateus, sendo que os participantes na encenação são naturais dos concelhos de Sabugal e Almeida.
Por sua vez, hoje é dia do concerto de Páscoa trancosense, pelas 21h30, no Convento de São Francisco, com a atuação da Orquestra da Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Aguiar da Beira e com o apoio da Câmara de Trancoso, união de freguesias de Trancoso e Souto Maior e Trancoso Eventos – empresa municipal. Já na Cova da Beira há duas exposições para visitar na Covilhã: uma delas é “O Pão e o vinho”, no Museu de Arte Sacra, que evoca a última refeição de Jesus Cristo e é constituída por cálices e custódias da Paróquia de São Pedro, Santa Casa da Misericórdia da Covilhã e diversos particulares. A mostra, patente até ao final do mês, tem um «forte simbolismo, numa alusão ao sacrifício físico de Jesus Cristo e ao momento da transubstanciação presente na eucaristia», lê-se na página do município.
No Museu Arte e Cultura está patente até 30 de abril “A Paixão de Cristo”, dedicada aos mistérios da morte, paixão e ressurreição de Cristo, que integra obras de Fernando Simões, Rosalina Cruz, Maria Alice Peixeiro, Alberto Santos Alves e Artur Aleixo, que frequentemente abordam a temática nos respetivos trabalhos. Teresa Gaspar, Orlindo Afonso, Mia Costa, João Nuno Simões e Mário Costa, por seu lado, aceitaram o desafio da organização e apresentaram obras inéditas, enquanto José Esteves é o «artista revelação». No Fundão, prossegue o Festival Quadragésima, que celebra as tradições da Quaresma. O programa arrancou no dia 15 de março e termina na segunda-feira, visando promover e redescobrir festas, procissões, representações sacras, dramas litúrgicos, sermões medievais e orações antigas. Hoje há a Procissão dos Penitentes em Lavacolhos, bem como as Ermidas, no Fundão, que amanhã volta a promover a habitual Procissão do Enterro do Senhor. A gastronomia também ocupa um lugar de destaque neste festival, com a mostra “Fundão, Aqui come-se bem – Sabores da Páscoa”, que decorre até dia 27, contando a participação de vários restaurantes fundanenses.
Sara Quelhas 
